Vacina contra a COVID-19 desenvolvida em Oxford pode ficar pronta em setembro

Vacina contra a COVID-19 desenvolvida em Oxford pode ficar pronta em setembro

Cientstas do mundo inteiro estão em busca de uma vacina para o novo coronavírus, enquanto a doença vem se espalhando globalmente em grandes proporções, inclusive no Brasil. Mas em meio a tanta notícia ruim, a Universidade de Oxford, no Reino Unido, acaba de anunciar que o seu projeto de vacina contra a COVID-19 deve estar disponível ainda em setembro deste ano.

De acordo com os cientistas, a vacina é composta por uma versão enfraquecida de um vírus comum de resfriado chamado adenovírus, responsável por causar infecção em chimpanzés; mas esse vírus foi alterado geneticamente para que fosse impossível crescer dentro de humanos. Então, o adenovírus enfraquecido foi combinado com genes que fazem a codificação da proteína espinhosa que o novo coronavírus usa para infectar as células humanas.

Uma vez no organismo, a vacina vai "treinar" o corpo a reconhecer e desenvolver uma resposta imune à célula espinhosa, prevenindo, então, que o vírus SARC-CoV-2 invada as células humanas. Vacinas similares já foram aplicadas em mais de 320 pessoas, mostrando serem seguras e bem toleráveis, sem levar em conta efeitos colaterais como dores no braço, febre e dor de cabeça.

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Imagem: Reprodução

A vacina já funcionou em testes clínicos realizados com macacos, e agora os testes vêm sendo realizados em humanos desde o dia 23 de abril. Cerca de 1.102 participantes saudáveis devem ser recrutados nas cidades de Oxford, Southampton, Londres e Bristol, e metade dos participantes irá receber a vacina, a maioria deles apenas uma dose, enquanto somente 10 dessas pessoas vão poder receber uma segunda dose um mês depois.

O restante dos voluntários vai receber uma vacina "de controle" que protege contra a meningite e a sepse, que já é aprovada e administrada com frequência para adolescentes desde 2015. Os pesquisadores contam que escolheram não aplicar uma vacina placebo, composta por uma solução salina, para que os participantes não consigam adivinhar se receberam a aplicação de uma vacina de verdade ou não.

A nova vacina contra a COVID-19 pode ter efeitos colaterais temporários, como dor no braço, febre e dor de cabeça. A vacina de controle também deve apresentar esses efeitos, o que não aconteceria se fosse apenas água. Os testes devem se encerrar em até seis meses, de acordo com os cientistas, contando o tempo necessário para avaliar a eficácia dos testes, assim como a possibilidade de fabricar a vacina em alta quantidade, e que os prazos estão sujeitos a alteração.

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