Secretaria de Educação reorganiza escolas para implantar atendimento semi-integral em 2023

Mudanças atingem três escolas da rede; professores manterão suas grades

Secretaria de Educação reorganiza escolas para implantar atendimento semi-integral em 2023

A Secretaria de Educação (Seduc) de Porto Ferreira pretende promover uma reorganização em algumas unidades escolares do município para que possa ser implantado o período semi-integral de ensino a partir de 2023.

O objetivo é fortalecer a rede municipal com projetos paralelos de reforço e recuperação, entre outros que poderão ser propostos pelas próprias unidades educacionais, além de melhorar os aspectos quanto a adequações mobiliárias e dos ambientes relacionados a cada faixa etária dos alunos.

As escolas que devem ter mudanças são a EMEF Professor José Gonso (Jardim Aeroporto), EMEFM Mário Borelli Thomaz (Centro) e a EMEF Professora Noraide Mariano (Jardim Primavera).

Reorganização

O primeiro passo foi a elaboração de um plano de trabalho, cuja construção vem sendo feita junto à Diretoria de Ensino de Pirassununga, do Governo do Estado. Desta forma, o prédio da EMEF Prof. José Gonso passaria a ser utilizado como uma escola estadual de ensino integral, atendendo aos alunos do 6º ano do Ensino Fundamental até a 3ª série do Ensino Médio. Atualmente, a escola do Jardim Aeroporto é municipal.

Com o objetivo de não prejudicar professores que possuem suas grades de horário na EMEF Prof. José Gonso, e também alunos que não desejarem se matricular no período integral da escola, as classes formadas com esses estudantes e professores serão transferidas para a EMEFM Mário Borelli Thomaz.

Com o mesmo objetivo de fortalecer o ensino em cada segmento, as turmas de 6º a 9º anos da EMEF Profª Noraide Mariano também serão remanejadas para a EMEFM Mário Borelli Thomaz. E as classes de 1º a 5º anos do Ensino Fundamental da escola Mário Borelli serão transferidas para a EMEF Noraide Mariano.

Com essas mudanças, a escola do Jardim Primavera atenderá o público de 1º a 5º ano, o que possibilitará realizar intervenções específicas para esta faixa etária, com mudanças e adequações no mobiliário e espaços comuns utilizados para as diversas atividades pedagógicas e de alimentação.

Já a escola Mário Borelli Thomaz, pelo contrário, concentrará os alunos de 6º ano do Ensino Fundamental à 3ª série do Ensino Médio.

Projetos paralelos

A reorganização permitirá, portanto, a implantação de um ensino que amplie o número de aulas ofertadas e, consequentemente, o tempo de atividades e permanência dos alunos na EMEFM Mário Borelli Thomaz, como se a escola funcionasse no formato "semi-integral".

A partir destas propostas, a Seduc organizará as normativas que permitirão aos professores interessados ministrar aulas de projetos propostos e organizados pela própria unidade educacional e que tenham relação com as disciplinas dos seus respectivos cargos. Dessa forma, a municipalidade estaria complementando e ampliando, por intermédio dessas atividades, o desenvolvimento dos alunos e de suas habilidades conforme previsto na Base Nacional Comum Curricular e, de forma que os alunos e suas famílias possam, por adesão, se beneficiar da ampliação dos espaços e dos tempos destinados às aprendizagens.

Por exemplo, um professor de História elabora um projeto relacionado à cultura afro-brasileira. A escola se organizará, em seus espaços, horários e materiais, para que os alunos possam se matricular e frequentar no contraturno das aulas regulares. Ou seja, quem estuda de manhã poderá, em outros momentos, estar na escola à tarde, e vice-versa.

Assim, além de criar novas vagas para a oferta de período integral na EMEF Prof. José Gonso, via Governo do Estado, a administração municipal, por intermédio da EMEFM Mário Borelli Thomaz, vai oferecer a possibilidade do formato semi-integral, por adesão (não obrigatório) e, ao longo do ano letivo, na medida em que os projetos estiverem sendo elaborados e organizados pela escola, coordenados e autorizados pela Secretaria de Educação.

"Pensamos nessas alternativas para melhorar e adequar os espaços e as práticas pedagógicas compartilhadas entre os governos estadual e municipal, de acordo com as faixas etárias atendidas, possibilitando a ampliação do tempo de permanência dos alunos na escola. São novas alternativas que podem oferecer outros percursos formativos voltados aos valores humanos, com princípios morais e éticos para bem se relacionar em uma sociedade e para as ocupações profissionais que no futuro conquistarão. Os processos de aprendizagem contribuem significativamente para que os jovens sejam afastados dos perigos e da vulnerabilidade presente nas ruas ou em tantos outros locais que não a escola", destacou a secretária de Educação, professora Maria Cecília Gallo da Cunha Leme.

"É importante frisar também que a ideia não trará prejuízos aos professores. O que deverá ocorrer é uma adequação aos processos e não a redução das aulas que seriam ofertadas em 2023, uma vez que estaremos trabalhando com a demanda e o remanejamento necessário para tal, considerando a permanência e o atendimento das turmas de alunos do Ensino Fundamental – Anos Finais e do Ensino Médio, na escola Mário Borelli", completou.