John Le Carré, autor de 'O espião que sabia demais', morre aos 89 anos

John Le Carré, autor de 'O espião que sabia demais', morre aos 89 anos
Segundo comunicado de sua família, ele teve pneumonia não relacionada à Covid-19, e faleceu no sábado (12). Autor escreveu 25 romances em suas mais de seis décadas de carreira e usou sua própria experiência como espião na construção de muito de suas tramas e personagens. John Le Carré chega a evento de estreia da série 'The Little Drummer Girl', em 2018

Daniel Leal-Olivas/AFP

O escritor britânico John Le Carré morreu aos 89 anos no sábado (12), em Cornwall , informou neste domingo sua editora, que divulgou um comunicado da família. David Cornwell - nome verdadeiro do autor - teve pneumonia, não relacionada à Covid-19, segundo os familiares.

Com uma carreira de mais de seis décadas, seu primeiro grande sucesso veio com seu terceiro livro, "O espião que veio do frio", publicado em 1963. "O espião que sabia demais", transformado em filme e série, também se destaca entre suas obras.

O autor usou sua própria experiência como agente secreto, enquanto estudava alemão na Suíça, no final da década de 1940, na construção de muito de suas tramas e personagens.

Ex-professor na tradicional escola de Eton, Cornwell ingressou no Serviço de Relações Exteriores britânico como oficial de inteligência, onde recrutava e comandava espiões na era da Cortina de Ferro em um escritório no MI5 em Londres. Foi nesta época que iniciou sua carreira como escritor, adotando o pseudônimo de Jon le Carré.

Seu primeiro romance foi "O morto ao telefone", lançado em 1961, já com a estreia de um personagem que se tornaria frequente em suas histórias, George Smiley.

Em 2001, publicou "O jardineiro fiel", que seria adaptado para os cinemas quatro anos depois pelo diretor brasileiro Fernando Meirelles, com Ralph Fiennes e Rachel Weisz no elenco.

No total, Le Carré escreveu 25 romances e um volume de memórias, "O túnel de pombos" (2016), e vendeu mais de 60 milhões de cópias de sua obra em todo o mundo.

Seu último livro foi "Agent running in the field" (traduzido como "Agente em campo", em Portugal), publicado em outubro de 2019.

Ele deixa a esposa, Jane, com quem foi casado por quase 50 anos, e os filhos Nicholas, Timothy, Stephen e Simon.

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