Moradores do Jardim Esperança que foram atingidos por enchentes esperam mais ações do município

Diante dos esclarecimentos, a reportagem seguiu o protocolo ético de ouvir todos e buscou mais informações sobre a situação com o Executivo de Porto Ferreira por meio de sua Assessoria de Comunicação, tornando ciente as reclamações da Maria Quitéria, porta-voz dos atingidos pelas enchentes do final do ano passado

Moradores do Jardim Esperança que foram atingidos por enchentes esperam mais ações do município

As enchentes que ocorrem no território brasileiro provocam um grande volume de prejuízos humanos e econômicos. Essas inundações resultam em perdas econômicas para áreas residenciais, comerciais e industriais, especialmente nas zonas urbanas, além de contribuir para a disseminação de doenças e animais peçonhentos. Em Porto Ferreira, a imprensa noticiou os prejuízos que as enchentes do final de 2022 causaram no Jardim Esperança, alagando 28 casas e deixando pelo menos 4 famílias desabrigadas.

Maria Quitéria é moradora do Jardim Esperança e lembra com precisão a triste realidade que amigos e conhecidos viveram. Ela se tornou uma das porta-vozes que fizeram campanhas para ajudar as vítimas das enchentes, que sofreram com as perdas de materiais e danificações em suas propriedades.

Segundo ela, houve uma grande movimentação pública durante as inundações, mas depois os envolvidos silenciaram e os moradores não obtiveram mais respostas, que para ela, seria essencial para quem tanto necessita. Ela citou sobre utensílios domésticos, cobertores, móveis e outros produtos que esperaram receber e não receberam.

Para Maria Quitéria e os demais que não quiseram se identificar, a pior situação é das duas casas à beira do Córrego Ribeiro Bonito, que sofreram pela erosão das enchentes e precisam de intervenções e assessoriamente, para realizar contenções.

A Defesa Civil foi procurada para falar sobre a situação das duas residências que precisam de intervenções e o órgão, por meio de seu coordenador Fernando Bonelli, informou que existe uma hierarquia a ser seguida, mas que o comando apontou não ter informações suficientes para conceder respostas, e solicitou a reportagem do Jornal do Porto que procurasse a Secretaria de Obras e Desenvolvimento Urbano, para falar sobre o assunto.

A Secretaria de Obras apenas informou que foi aberta uma licitação e que houve uma empresa vencedora, que em breve assinará os contratos para iniciarem as intervenções necessárias nas residências citadas e realizar um trabalho de contenção para evitar novas inundações e para que não haja novas erosões naquele solo.

Quantos às solicitações de materiais, que segundo Maria Quitéria a população espera da gestão municipal, a enfermeira e vereadora Priscila Franco de Oliveira (PSDB) informou sobre a parte social e necessidade dos moradores que sofreram com as inundações. Ela disse que foi feito todo um trabalho técnico com os profissionais do Cras (Centro de Referência de Assistência Social), que realizaram um levantamento e identificação das necessidades, para que todos pudessem ser atendidos pela Secretaria de Desenvolvimento Social e Cidadania, sendo ela (Priscila Franco) testemunha das ações.

Assim, afirma que foi um trabalho muito bem coordenado pela coordenadora do Cras, Aline Dalsin da Silva, e a assistente social Alba Assis. Priscila disse ainda que o Cras do Jardim Anésia se encontra à disposição para quaisquer esclarecimentos e pontuar as ações feitas com os moradores do Jardim Esperança.

Diante dos esclarecimentos, a reportagem seguiu o protocolo ético de ouvir todos e buscou mais informações sobre a situação com o Executivo de Porto Ferreira por meio de sua Assessoria de Comunicação, tornando ciente as reclamações da Maria Quitéria, porta-voz dos atingidos pelas enchentes do final do ano passado.

A Assessoria de Comunicação enviou manifestação da secretária de Desenvolvimento Social e Cidadania, Mileni Arantes, que está em período de férias. Segundo ela, no momento do acontecimento, o SUAS (Sistema Único da Assistência Social), assim como as Secretarias de Zeladoria e Meio Ambiente, Saúde, Guarda Civil Municipal e Defesa Civil estiveram presentes no local e fizeram o atendimento em todas as 43 casas com o que competia a esses órgãos.

Mileni ainda lembrou que o SUAS não disponibiliza material de construção e que os moradores já estão cientes sobre isso. E que foi oferecido, inclusive, no dia da enchente abrigo num dos ginásios de esportes da cidade, porém não houve adesão dos moradores atingidos.