Bolsas de NY fecham em forte queda com recuo das ações de tecnologia

Bolsas de NY fecham em forte queda com recuo das ações de tecnologia
O índice tecnológico Nasdaq fechou em queda de 1,94%, a 12.338,95 pontos, passando a acumular perdas de mais de 1% na semana. Papéis do Facebook desvalorizaram 1,93% processo antitruste das autoridades norte-americanas

Lionel Bonaventure/AFP

Os índices acionários de Nova York fecharam em queda significativa nesta quarta-feira (9), com as ações de tecnologia tropeçando e mais do que devolvendo os ganhos da semana.

O índice tecnológico Nasdaq fechou em queda de 1,94%, a 12.338,95 pontos, passando a acumular perdas de mais de 1% na semana.

Já o S&P 500 recuou 0,79%, a 3.672,82 pontos.

O Dow Jones caiu 0,35%, a 30.068,81 pontos.

As ações de tecnologia caíram 1,88% no S&P 500 e o Nasdaq anotou a sua pior sessão desde o dia 30 de outubro, de acordo com dados da FactSet, com os investidores migrando das megacaps (as companhias de maior valor de mercado nos EUA) para as "value", como são conhecidas as ações que têm um preço considerado baixo em relação aos fundamentos, como lucros e distribuição de dividendos.

As ações das gigantes de tecnologia americanas são as maiores prejudicadas pelo movimento, com a ação da Apple encerrando a sessão em queda de 2,09%, a da Amazon recuando 2,30%, a da Microsoft caindo 1,95% e a da Alphabet (a controladora do Google) cedendo 1,85%.

Já os papéis do Facebook desvalorizaram 1,93%. A empresa sofreu um forte revés nesta quarta, com autoridades americanas entrando com um processo antitruste contra a companhia. A Comissão Federal de Comércio dos Estados Unidos (FTC, na sigla em inglês) pediu especificamente a um tribunal que obrigasse o Facebook a vender o Instagram e o serviço de mensagens WhatsApp.

"O mercado está em baixa porque as maiores ações do S&P 500 estão em baixa", disse Andrew Slimmon, gerente de portfólio do Morgan Stanley Investment Management, ao MarketWatch.

Pacote de estímulos

O movimento acontece em meio ao otimismo dos investidores em torno das negociações de um novo pacote de estímulos fiscais em Washington. A Casa Branca alimentou o otimismo ao propor, na noite desta terça-feira (9), um pacote de estímulos de US$ 916 bilhões, depois que os democratas rejeitaram uma tentativa do líder da maioria no Senado, Mitch McConnell, de estreitar o escopo do projeto.

Apesar do aparente progresso nas conversas, divergências significativas seguem ameaçando as negociações. A líder da maioria democrata na Câmara dos Deputados dos EUA, Nancy Pelosi, disse que a proposta — que exclui os pagamentos semanais diretos para os cidadãos americanos e os substitui por um único pagamento de US$ 600 — é "inaceitável".

Um grupo bipartidário de congressistas, liderado pelo senador democrata Joe Manchin e pelo senador republicano Mitt Romney, está concluindo a redação de um pacote de US$ 908 bilhões, que inclui o pagamento semanal de US$ 300 aos cidadãos americanos.