Banda Black Pantera encadeia músicas de Jorge Aragão e Marcelo Yuka na narrativa do EP 'Capítulo negro'

Banda Black Pantera encadeia músicas de Jorge Aragão e Marcelo Yuka na narrativa do EP 'Capítulo negro'
? Banda mineira de rock pesado, Black Pantera sempre esteve engajada no movimento negro que combate o racismo e denuncia o preconceito enquanto reforça o orgulho negro.

Por isso mesmo, faz todo sentido que Charles Gama (voz e guitarra), Chaene da Gama (baixo) e Rodrigo Augusto (bateria) apresentem em 20 de novembro, Dia da Consciência Negra, um EP temático com três músicas sobre questões raciais que o Brasil ainda precisa debater muito para o bem da sociedade.

Com edição pela gravadora Deck, o EP Capítulo negro não é uma amostra do terceiro álbum do power trio, gravado ao longo deste ano de 2020 e previsto para ser lançado 2021, mas uma narrativa à parte (porque criada fora do trilho autoral da banda) na discografia do Black Pantera.

Nessa narrativa, o grupo encadeia músicas dos compositores Jorge Aragão e Marcelo Yuka (1965 – 2019) em EP que ganhou desdobramento audiovisual com a produção de curta-metragem de 12 minutos, filmado sob direção de Leonardo Ramalho e com participação do ator Edson Militão. O roteiro do filme está estruturado em três atos, sendo que cada ato representa uma música do disco.

As músicas do EP Capítulo negro são Identidade (Jorge Aragão, 1992), Todo camburão tem um pouco de navio negreiro (Alexandre Meneses, Marcelo Lobato, Marcelo Yuka e Nelson Meirelles, 1994) – composição emblemática do primeiro álbum da banda Carioca O Rappa – e A carne (Seu Jorge, Ulisses Cappelletti e Marcelo Yuka, 1998), música lançada pelo grupo Farofa Carioca que, a partir dos anos 2000, se tornou mais associada à voz também combativa de Elza Soares.

O EP Capítulo negro é o primeiro lançamento fonográfico do grupo Black Pantera desde o single I can't breathe, editado em junho com música composta em inglês pelo trio para reforçar os protestos mundiais contra o assassinato do negro norte-americano George Floyd (1974 – 2020) por Derek Chauvin, policial branco dos Estados Unidos, em 25 de maio.