Riot Games quer pagar US$ 10 milhões em ação sobre discriminação de gênero

Riot Games quer pagar US$ 10 milhões em ação sobre discriminação de gênero

Desde 2018, a desenvolvedora Riot Games, famosa, principalmente, por League of Legends, entre outros títulos, vem sendo acusada de manter um ambiente tóxico, com uma cultura generalizada de sexismo. Entre as práticas, estariam recrutamento e estratégias de promoção e de diversidade cultural que privilegiam os homens. Agora, após um processo movido por vários funcionários, a companhia chegou a um acordo de US$ 10 milhões, que poderão ser divididos entre as mulheres que trabalharam por lá desde 2014.

Tanto a Riot Games, quanto o escritório de advocacia Rosen Saba, que representa as profissionais, ficaram descontentes com essa resolução. Isso porque o Departamento de Emprego Justo e Habitação da Califórnia e a Divisão de Aplicação de Normas Trabalhistas (DLSE, na sigla em inglês) se queixaram do valor, que, de acordo com ambos, deveria ser "superior a US$ 400 milhões". Além disso, a denúncia observa que os representantes dos executivos sequer se envolveram adequadamente no caso, na tentativa de solucionar a questão internamente. O estúdio discorda desses argumentos.

Imagem: Divulgação/Riot Games

No próximo dia 31 de janeiro, uma audiência no tribunal que julga essa briga determinará se o DLSE pode ou não intervir e iniciar sua própria ação. Outra reunião está agendada para o dia 3 de fevereiro e decidirá se as objeções de ambas as agências serão atendidas ou se o pagamento será mesmo na quantia de US$ 10 milhões.

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Caso gerou protestos no ano passado

Em maio do ano passado, o descontentamento diante do tratamento dado pela Riot Games às suas funcionárias era tão grande, que até mesmo resultou em uma passeata, em Los Angeles. O protesto reuniu mais de 150 pessoas do quadro de 2,5 mil colaboradores.

Imagem: Reprodução/The Hollywood Reporter

Esse episódio foi uma resposta ao comportamento da empresa, que, no fim de abril de 2019, entrou com uma ação para impedir que dois processos de seus funcionários, ainda ligados ao então quadro vigente, fossem levados a júri. Isso levou os responsáveis pela ação a assinarem acordos de arbitragem, renunciando aos seus direitos trabalhistas, para que houvesse julgamento.

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