Prefeitura diz que não deve ocorrer Refis de dívidas municipais em 2023

Tais programas concedem descontos e vantagens para contribuintes que estão com débitos na dívida ativa municipal, como redução de juros, parcelamentos etc

Prefeitura diz que não deve ocorrer Refis de dívidas municipais em 2023

Em resposta a um requerimento feito pelo vereador João Lázaro Batista (PSDB), a Prefeitura de Porto Ferreira, por meio da Secretaria de Fazenda e Planejamento, informou que em 2023 não deve ocorrer nenhum programa temporário de pagamento incentivado de débitos municipais, o popular Refis.

Tais programas concedem descontos e vantagens para contribuintes que estão com débitos na dívida ativa municipal, como redução de juros, parcelamentos etc.

Na resposta do requerimento, a Secretaria de Fazenda e Planejamento disse que realizou estudos preliminares e constatou uma ligeira redução na taxa de inadimplência dos tributos municipais, em especial do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), no exercício de 2022, demonstrando a princípio que não houve aumento do endividamento dos contribuintes.

Nos estudos realizados, a Secretaria de Fazenda disse constatar ainda que a arrecadação de receitas da dívida ativa teve crescimento significativo no exercício de 2022 em comparação aos anos anteriores, decorrente principalmente do aumento das cobranças judiciais, protestos e demais cobranças extrajudiciais realizadas.

Quadro divulgado mostra que no ano de 2020 foram recuperados pela dívida ativa um total de R$ 3,94 milhões. O valor subiu para R$ 4,60 milhões, em 2021 – ano em que houve Refis –, e, em 2022, chegou a R$ 6,93 milhões.

A Secretaria de Fazenda e Planejamento também informou que do total de 1.067 acordos firmados no Refis de 2021, um total de 878 foram cancelados por descumprimento das regras, representando 82,29% do total de acordos (parcelamentos). E aqueles que não cumpriram os acordos não poderão participar de um novo Refis pelo prazo de 3 anos, a não ser para pagamentos à vista.

"Diante o exposto entendemos que a menos que ocorra alguma mudança drástica no cenário econômico nacional no decorrer do exercício de 2023 a Administração em um primeiro momento não deva realizar novo Refiz, devendo manter as cobranças que atualmente vem dando resultado mais efetivos à arrecadação municipal, principalmente devido ao fato de que estamos reduzindo o estoque de dívida ativa com tais ações", escreveu ao final da resposta o secretário de Fazenda e Planejamento em substituição, Marcel Henrique Baso.