Cursinho Comunitário traz a verdadeira história da parceria de professores voluntários

No princípio era só uma ideia. O sucesso ainda não estava pronto. A parceria nasceu entre os professores Alano Alexandre Umbelino de Barros, Ubyrajara Alquino de Castro, Reginaldo Miguel Archanjo e Fátima Assis, para conceder a oportunidade a quem tanto necessitava. E tudo começou em 2016. O fundador e coordenador do Cursinho Professor Lourenço Filho, Alano Alexandre, encontrou um ponto para que suas ideais tivessem êxito, dentro de um laboratório na escola do Pedrina, cedido pela então diretoria do colégio, professora Maria Cecília. Alexandre relata que o pequeno espaço era compatível para atender apenas os próprios alunos da escola, com capacidade máxima para 14. Em 2017, foi apresentado a ONG Semeando Mais Vida, para que o cursinho tivesse mais capacidade de atrair interessados. Assim, o Cursinho foi iniciado em novo endereço, com 80 jovens interessados em aumentar o conhecimento nas áreas de matemática, física, geografia, história, química, filosofia e ciências exatas. Divididos em duas turmas, com aulas entre às 14:00h e 18:00h, o êxito foi contemplado quando os alunos conseguiram bolsas para entrarem no mundo da graduação, por meio do Prouni.

Nesse tempo, jovens universitários também decidiram abraçar a causa e foi lá, que Felipe Lamellas, Caio Ricci e Gabriel Arantes realizaram seus primeiros ensaios profissionais e foram crescendo profissionalmente. Mas alguns conflitos de ideais, fizeram com que o Cursinho Comunitário ganhasse o destino da escola Mário Borelli Thomaz. Todo o processo, é visto pelo Alano Alexandre como um aprendizado. Segundo ele, o Cursinho se fortaleceu, cresceu e nesse âmbito, a antiga faculdade Asser, com o apoio do professor Cadu, tornou-se o endereço fixo do Cursinho Comunitário Professor Lourenço Filho, com a mesma divisão de turmas em dois horários, assim como a junção de mais voluntários, contabilizando 16 professores voluntários ao todo.

Todo esse "time", tem preparado estudantes para ingressarem no ensino superior, na UFSCAR, UNESP, Prouni, além de outras faculdades, que o Alano classifica como captadores de oportunidades. Para ele, se um cidadão graduado e capacitado tem dificuldade de sucesso no mercado profissional, imagina ser apenas "reserva de mercado" com mão de obra barata.

Não é barato educar um estudante e o "exercito" de professores capacitados, tem cedido suas horas para formarem profissionais feitos a estudante Verena de Oliveira, a jovem que ingressou no mundo universitário e irá realizar pedagogia na UNESP de Araraquara. A estudante da escola Dr. Djalma Forjaz, é um exemplo que é possível formar cidadãos e por isso, Alexandre afirma que sairá nas escolas divulgando o Cursinho Comunitário. O ano passado o Cursinho começou com 120 alunos e terminou com 21, esperando que as salas da UFSCAR, UNESP e outras faculdades, sejam ocupadas por estudantes que passaram pelo Cursinho Comunitário de Porto Ferreira. Além do mais, Alano espera que profissionais que queiram uma carreira por meio do concurso público, entendam a importância do Cursinho e assim ele convida as escolas, igrejas, ONGs, a promoverem e incentivarem o estudo, pois o século XXI é o século da tecnologia, da informação, mas também têm diversos profissionais preconizados, sem uma esperança de um amanhã mais radiante, por abdicarem da leitura, do estudo, o Cursinho tem exatamente isso para oferecer. Leitura, conhecimento, educação, transformação social. Aquele que inspirou a vida na própria avó, a Sra. Almerinda Umbelino de Barros, moradora de Pernambuco e que lutou para que a educação ganhasse autonomia em um bairro periférico de Recife e em Paulo Freire, um dos mais ilustres educadores desse país, convida todos que queiram oportunidades para escrever a própria história, candidatem-se, no Cursinho Comunitário, na faculdade UNICEP.