Facebook muda regras sobre posts que abordem origem da Covid-19 após investigações nos EUA

Facebook muda regras sobre posts que abordem origem da Covid-19 após investigações nos EUA
Depois de especulações de que novo coronavírus teria surgido em acidente de laboratório, rede social deixará de proibir posts que apontam ação humana no início da pandemia. Facebook altera norma sobre posts que especulam origem da Covid-19

AP Photo/Jenny Kane

O Facebook vai deixar de proibir posts com teorias que afirmam que a Covid-19 foi fabricada por humanos. A empresa mudou sua política depois que especulações sobre um acidente de laboratório na China voltaram ao debate nos Estados Unidos.

"Devido às investigações atuais sobre as origens da Covid-19 e em consulta com especialistas da saúde, não eliminaremos mais das nossas plataformas as afirmações de que a Covid-19 foi feita por humanos, ou fabricada", anunciou a empresa.

SAIBA MAIS: Biden pede relatório sobre origem do novo coronavírus em até 90 dias e pressiona a China

A decisão da rede social vai no sentido oposto ao de normas anteriores contra desinformação sobre a Covid-19, atualizadas em fevereiro.

Naquele momento, a empresa anunciou a proibição de teorias que sugerem a existência de uma ação humana por trás do coronavírus. A regra também impediu alegações de que as vacinas são ineficazes ou perigosas.

"Continuamos trabalhando com especialistas para supervisionar a natureza evolutiva da pandemia e atualizamos regularmente nossas políticas, à medida que surgem novos fatos e tendências", afirmou o Facebook.

EUA investigam origem do novo coronavírus

A teoria de um acidente de laboratório em Wuhan, na China, voltou com força nas últimas semanas nos Estados Unidos. Os pedidos para continuar a investigação se multiplicam na comunidade científica.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, pediu na última quarta-feira (26) que suas agências de inteligência "redobrem seus esforços" para explicar a origem do coronavírus. Ele exigiu um relatório sobre o assunto em um prazo de 90 dias.

Os trabalhos da inteligência americana se concentram em duas hipóteses – origem animal ou fuga de um laboratório. Segundo Biden, as investigações não permitiram chegar a "uma conclusão definitiva" até o momento.

Após uma visita de quatro semanas a Wuhan no início deste ano, um estudo conjunto da Organização Mundial da Saúde (OMS) e de especialistas chineses divulgado em março considerou "extremamente improvável" um acidente de laboratório.

Em uma declaração conjunta, os Estados Unidos e 13 países aliados expressaram, posteriormente, sua "preocupação" com o relatório, exigindo que a China forneça "pleno acesso" aos seus dados.
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