Facebook mantém conta de Trump suspensa e deixa decisão final para comitê independente
Rede social disse que medida era necessária e correta, mas que veredito será dado por grupo de supervisão. Donald Trump em último discurso como presidente dos Estados UnidosCarlos Barria/ReutersO Facebook anunciou nesta quinta-feira (21) que a decisão final sobre a suspensão da conta do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, será tomada pelo seu Comitê de Supervisão, fundado no ano passado.O grupo deve dar o veredito sobre o destino dos perfis de Trump no Facebook e Instagram, que permanecem bloqueados. A decisão do Facebook de restringir as contas do republicano foi tomada em 7 de janeiro, um dia após apoiadores de Trump invadirem o Capitólio, em ação que resultou na morte de 5 pessoas. A plataforma disse que ele ficaria suspenso por tempo indeterminado."Acreditamos que os riscos de permitir que o Presidente continue usando os nossos serviços durante esse período são simplesmente muito grandes", escreveu Mark Zuckerberg, presidente-executivo da plataforma."Além da determinação do conselho em manter ou reverter a suspensão, o Facebook acolherá quaisquer observações ou recomendações do conselho sobre suspensões quando o usuário for um líder político", disse a companhia em comunicado desta quinta (21).O conselho de supervisão independente do Facebook é formado por 40 membros, entre eles pessoas de todos os continentes, incluindo ex-juízes, advogados, jornalistas, ativistas de direitos humanos.O Comitê de Supervisão é um órgão independente, que recebeu um investimento de US$ 130 milhões da rede social para funcionar como uma espécie de alta corte. Ele conta com um estatuto próprio, que prevê suas obrigações e sua relação com o Facebook.Pelo estatuto, as decisões são finais, o que significa que o Facebook é obrigado a acatar o que o Comitê decidir — goste Mark Zuckerberg ou não.Trump suspenso das redes sociaisOutras plataformas também restringiram as contas de Trump. O Twitter suspendeu de forma definitiva a conta pessoal do republicano. A rede alegou que os posts recentes do presidente incitavam a violência.Na terça (19), o YouTube anunciou que estendeu a suspensão do canal de Trump por mais sete dias. Ele está impedido de enviar novos vídeos ou fazer transmissões ao vivo.A plataforma também desativou indefinidamente os comentários nos vídeos do canal. O YouTube alega que a decisão está relacionada a "preocupações sobre o potencial contínuo de violência".Veja vídeos sobre tecnologia no G1