Com amostra de saliva, novo exame revela presença de coronavírus em 15 minutos
Até o momento, o vírus conhecido como Covid-19 — e anteriormente chamado de novo coronavírus chinês — já levou ao óbito mais de 1.380 e infectou mais de 64 mil pessoas. Também foram cerca de 7 mil pacientes recuperados após contraírem a infecção, de acordo com o mapa interativo da Johns Hopkins University. Nesse cenário, é importante que diagnósticos sejam feitos de maneira rápida e eficiente.
Atualmente, o diagnóstico da Covid-19 leva cerca de uma hora. Agora, uma nova tecnologia, baseada em uma combinação de técnicas óticas e partículas magnéticas, pode testar rapidamente 100 amostras de pacientes potencialmente infectados pelo vírus e reduzir o tempo de diagnóstico para apenas 15 minutos.
Esse método, desenvolvido pelo Dr. Amos Danielli, da Universidade Bar-Ilan, em Israel, utiliza o material genético da saliva dos pacientes. Também teve sua eficácia comprovada na identificação do Zika vírus e, agora, é usada no laboratório central de virologia do Ministério da Saúde de Israel.
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15 minutos
O novo exame detecta sequências de RNA específicas do vírus da Covid-19, anexando o RNA do vírus a uma molécula fluorescente que emite luz, quando iluminada por um raio laser. O desafio é que em concentrações muito baixas de RNA, no material genético do paciente, o sinal emitido pode ser tão baixo que os dispositivos existentes simplesmente não o captam, mesmo que a amostra esteja infectada.
"Se pensarmos na amostra de saliva de um paciente com o coronavírus como se estivesse enchendo uma sala inteira, esse raio laser poderia ser comparado ao tamanho de um punho", explica Danielli. O laser precisa encontrar vestígios desse RNA viral, que pode estar agrupado a duas ou três moléculas fluorescentes.
Para potencializar a identificação, ocorre a adição de partículas magnéticas que se agrupam às moléculas fluorescentes. Isso permite uma maior concentração de moléculas fluorescentes e uma medição muito mais precisa, já que o sinal que deve ser achado torna-se muito mais forte.
"Esse desenvolvimento depende do uso de dois pequenos eletroímãs, que são ímãs alimentados por uma corrente elétrica. Ao posicioná-los adequadamente, conseguimos criar um forte campo magnético e coletar todas as milhares de moléculas fluorescentes de toda a solução e agregá-las dentro do feixe de laser, multiplicando a força do sinal por várias ordens de magnitude", explica o responsável pelo desenvolvimento.
A alta sensibilidade da plataforma e sua facilidade de operação permitem seu uso em áreas onde os recursos são limitados. E enquanto o Dr. Danielli desenvolve kits para identificar várias doenças, como o zika e diferentes tipos de coronavírus, a MagBiosense (uma empresa de dispositivos médicos) está desenvolvendo um dispositivo do tamanho de uma máquina de café que será baseado nessa tecnologia e promete potencializar ainda mais o diagnóstico.
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