Djonga comenta críticas por show lotado no Rio: 'Estranho a favela só poder se f... e não poder curtir'

Djonga comenta críticas por show lotado no Rio: 'Estranho a favela só poder se f... e não poder curtir'
Rapper disse ainda que pedir desculpas nesse momento seria hipocrisia. 'Se for totalmente inaceitável o que fiz, nada que eu fale vai resolver.' Djonga

Daniel Assis / Divulgação

Djonga usou as redes sociais para se manifestar após ser criticado por fazer um show lotado no sábado (5), no Rio de Janeiro.

Em imagens compartilhadas nas redes sociais, é possível ver o artista cantado no meio do público enquanto os fãs pulam em volta dele e do rapaz que o carrega nos ombros.

"O show foi pra galera que só trabalha e se f... e está exposta a um milhão de merda o tempo todo, e que não teve o direito de parar. Acho estranho a favela só poder se f... e não poder curtir."

"Se for totalmente inaceitável o que fiz, nada que eu fale vai resolver", afirmou o rapper.

Em uma série de publicações no Twitter, ele seguiu:

"Não sou cego e sei toda a problemática que essa fita envolve. Inclusive não me isentei em estar do lado do meu povo tanto no micro, quanto no macro, nunca, que seja na pandemia ou antes. Eu boto a cara sempre, mas minhas opiniões as vezes são controversas sobre solução."

"Eu vim de baixo igual aquelas pessoas, então ouço a visão delas e muitas vezes concordo também. A favela pensa e sabe tomar decisões, ainda que vocês não concordem com elas e eu por outro sempre deixei claro minhas contradições, não consigo pensar em linha reta", afirmou Djonga.

"Nenhum argumento que eu usei pra minha escolha de ter feito o show é irrefutável e eu sei disso. E eu acho que é justo vocês falar o que for também. Isso não significa terminar em paz e concordando sempre."

"Pedir desculpa nesse momento igual geral faz quando é questionado aqui seria hipocrisia minha", finalizou o cantor.

Djonga é 1º brasileiro indicado a prêmio BET Hip Hop Awards nos Estados Unidos

Carreira

Djonga se tornou um dos nomes mais fortes da cena do hip hop no Brasil, que ganhou força nos últimos anos com a invasão do trap e o crescimento do rap acústico.

Em quatro anos de carreira, ele lançou quatro álbuns de estúdio: "Heresia" (2017), "O menino que queria ser Deus" (2018), "Ladrão" (2019) e "Histórias da minha área" (2020). Com os últimos dois, o rapper emplacou suas músicas entre as mais ouvidas no YouTube.

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