Obesidade

Embora eu seja uma nutricionista com especialização em prescrição dietética e suplementação para atletas não posso deixar de observar que pessoas em situação de sobrepeso e obesidade aumentaram exponencialmente, tornando-se o mal do século.

As pessoas obesas lidam com um fator em comum: comem de forma exagerada e sem controle, além de usarem o alimento como ferramenta para diminuir a ansiedade. No hipotálamo, temos grupos de neurônios com diferentes funções, os que estimulam nossa fome e despertam nossa saciedade, e um desequilíbrio entre eles pode levar à pessoa a obesidade.

Atualmente sabemos que alguns tipos de alimentos possuem a capacidade de modular nossos neurotransmissores criando uma relação de dopamina/vício pelo sistema de recompensa hipotalâmico. Alimentos feitos com carboidratos refinados, gorduras trans e saturadas fazem com que a secreção de dopamina aumente para estimular a sensação de prazer.

Com o hábito contínuo de consumo desses alimentos a pessoa fica dependente de tal mistura, criando pontes neurais comportamentais de vício. Nesse processo também acontece apotose (morte celular) dos neurônios que controlam a saciedade, fazendo com que as pessoas não tenham mais controle sobre a alimentação a longo prazo.

O manejo nutricional para tratamento da obesidade inclui alimentação rica em proteína magra e alimentos de origem vegetal, fontes de carboidratos sem processo de refinamento e gorduras de ocorrência natural nos vegetais.

O exercício físico, orientado por um profissional é indispensável, sinaliza a construção de proteínas corporais, aumenta o gasto energético no repouso, regula os processos fisiológicos e a contração muscular é importante na regulação da glicemia independente da ação da insulina.

BRUNA CORRÊA PORTO

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