Credibilidade dos jornais impressos contra praga das fake news do mundo virtual
Não há nada de mais prático na atualidade do que o mundo online trazido pelas novas tecnologias. Se estamos em busca de alguma coisa, em questão de segundos encontramos inúmeras referências quando clicamos na tecla buscar. Essa praticidade que a tecnologia proporciona facilita muito a comunicação entre pessoas e a circulação de notícias.
Só que juntamente com toda essa praticidade, um outro grande problema surgiu: a veracidade das informações publicadas. Afinal, tudo que está na internet é verdade?
A credibilidade secular da mídia tradicional, principalmente a impressa, criou nas pessoas o hábito de acreditar que as informações por ela transmitidas são verdadeiras. E realmente, na grande maioria dos casos, a mídia tradicional sempre primou por levar informação e verdade ao seu público.
Este hábito de acreditar naquilo que é publicado e divulgado, conforme inúmeros estudos já se debruçaram sobre o tema e o comprovaram, fez com que o mundo virtual fosse um terreno fértil para aproveitadores disseminarem mentiras, boatos, falsas notícias. A tal ponto que algumas eleições, como a do presidente Donald Trump, nos EUA, e a de Jair Bolsonaro, no Brasil, tenham nas fake news um fator que pode ser considerado decisivo.
Perceberam o tamanho do problema? A pessoa filtra notícias e informações na internet, repassando as mesmas sem conferir a veracidade da fonte, sem a certificação se aquilo é ou não real. Um dos principais problemas na atualidade é acreditar no momentâneo, e basear-se em títulos que chamem a atenção para notícia, sem conferir a matéria na íntegra.
O avanço tecnológico é bastante visível, e o progresso de hackers (pessoa que possui um vasto conhecimento na área de informática, capaz de modificar os aspectos internos de um determinado programa) faz com que a alteração de informações se torne cada vez mais fácil.
Por isso continua sendo imprescindível o papel do "jornal de papel", com o perdão do trocadilho. O jornal impresso continua sendo criterioso na apuração e filtragem daquilo que é o mais próximo da verdade e aquilo que é manipulação. Ele possibilita ainda que informações não se tornem perdidas e esquecidas em meio as tecnologias.
A eficiência de informação que um jornal tradicional impresso traz, faz com que confiemos cada vez mais na transparência e na credibilidade de uma notícia. Transmite para uma cidade comunicação, valores, crenças e costumes, possui todo contexto instrutivo de uma reportagem, por exemplo, permitindo que observemos os sentidos e os significados de uma cultura.
Nessa relação, não podemos deixar de citar da valorização do jornal impresso para a história de uma cidade, possuindo a qualidade de trazer as histórias da região de forma atualizada e aprofundada.
O pesquisador Philip Meyer considera que o jornal é um veículo imprescindível para que a sociedade receba informações de qualidade para manter a democracia em um país.
No Brasil ainda construímos essa base democrática por meio dos jornais e dos grandes veículos de comunicação. Por isso se considera importante a presença do jornal impresso em cidades menores, pois é essa produção de material de qualidade, profissional, aprofundada e com credibilidade que pode tornar um lugar mais bem informado e com sentido de comunidade