Senado aprova lei que regulamenta a profissão de historiador

Senado aprova lei que regulamenta a profissão de historiador

O Jornal do Porto conversou com Renan Arnoni, historiador local, sobre como a lei vai impactar na vida dos graduados e licenciados em História

O Diário Oficial da União publicou, nesta terça-feira (18), a Lei 14.038, de 2020, que regulamenta a profissão de historiador.

O que diz a lei?

O historiador deve ter graduação em História, mestrado ou doutorado na área ou ser profissionais de outras áreas que comprovem mais de 5 anos de exercício da profissão.

Entre as atribuições dos historiadores, o texto prevê o magistério da disciplina de história nas escolas de ensino fundamental e médio, desde que cumprida a exigência da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei 9.394, de 1996) quanto à obrigatoriedade da licenciatura.

O profissional poderá ainda planejar, organizar, implantar e dirigir serviços de pesquisa histórica; assessorar, organizar, implantar e dirigir serviços de documentação e informação histórica; e elaborar pareceres, relatórios, planos, projetos, laudos e trabalhos sobre temas históricos.

Jornal do Porto – Renan, quais vantagens esta lei trará para os professores de história?

Renan – Muitas vantagens. Em primeiro lugar deixaremos de ser apenas professores. Seremos HISTORIA-DORES! Isso significa que a pesquisa histórica passa a ter um valor maior. Poderemos assinar projetos de pesquisa, ter acesso facilitado aos arquivos e documentos do passado, participar de um conselho representativo de classe e muitas outras coisas que vocês já citaram. Vale lembrar que a regulamentação precisa ser sancionada pelo Presidente da República.

Jornal do Porto – O que é ser historiador para você?

Renan – O historiador é um investigador do passado. Deve ter compromisso de falar a verdade baseando-se em documentos (fotos, jornais, entrevistas, livros, reportagens). O historiador olha o passado do presente, olha pela janela da casa e interpreta o que está acontecendo lá fora.


Jornal do PortoMudando de assunto, é verdade que o seu artigo que publicamos em parte na edição comemorativa de aniversário da cidade foi publicado no Site da Associação Brasileira de Cerâmica ABCERAM?

Renan – Sim. O artigo A Capital da Cerâmica Artística: da indústria oleira às cerâmicas artísticas está integralmente disponível no site da ABCERAM, segundo às normas técnicas da ABNT. É um orgulho para mim, pois pude explicar o motivo de Porto Ferreira ter se tornado a Capital Nacional da Cerâmica Artística e de Decoração, graças ao esforços do Prefeito Rômulo Ripa.

Jornal do Porto – Gostaria de deixar suas considerações finais?

Renan – Sim. Primeiro, gostaria de agradecer ao Jornal do Porto, que é uma ferramenta de comunicação e informação muito importante para os ferreirenses, fazendo parte da História. Em segundo lugar, gostaria de parabenizar os amigos historiadores por esta conquista e relembrar de antigos historiadores: Padre Moysés Nora, Sud Mennucci, Dr. Djalma Forjaz, Dr. Erlindo Salzano, Professor Flávio da Silva Oliveira, Orestes Rocha e meu amigo Miguel Bragioni. Vamos fazer História! História da nossa gente!