Principal acusado pelo sumiço da empresária Lucilene, Vanderlei Meneses deixa a prisão temporária

Ele poderia continuar preso, agora em prisão preventiva, caso fosse solicitada pelas autoridades competentes e determinada pelo juiz de Direito

Principal acusado pelo sumiço da empresária Lucilene, Vanderlei Meneses deixa a prisão temporária

O principal suspeito pelo desaparecimento da empresária Lucilene Maria Ferrari, de 48 anos, Vanderlei Meneses, foi colocado em liberdade hoje (28) após cumprir 60 dias de prisão temporária (30 dias no pedido inicial, renovada por mais 30 dias, por suspeita de crime hediondo).

Ele poderia continuar preso, agora em prisão preventiva, caso fosse solicitada pelas autoridades competentes e determinada pelo juiz de Direito. Porém, até onde apurou a reportagem do Jornal do Porto, não houve essa conversão de temporária em preventiva.

A última edição do Jornal do Porto impressa, que circulou na sexta-feira (24), trouxe reportagem sobre entrevista concedida pelo advogado Dr. Natanael Gonçalves Xavier, defensor de Vanderlei, ao programa "Abordagem Regional" que foi ao ar na quarta-feira (22), da rádio Comunidade FM, apresentado por Paulo Carvalho.

O advogado respondeu alguns questionamentos de ouvintes, e por conta da decretação do segredo de justiça apenas citou que naquele dia houve o cumprimento de um mandado de busca e apreensão na residência de uma pessoa. O advogado ainda, em vários momentos, deixou claro que a Polícia investiga um desaparecimento, e não um homicídio, e que seu cliente não teve envolvimento no caso.

"Nós temos informações que a Polícia realizou buscas hoje, estaria até com mandado de prisão. Mas, ao mesmo tempo, eu gostaria de tranquilizar aqueles que acreditam na inocência do Vanderlei, que até o momento ainda não existe prova que de alguma forma coloca ele na cena de algum suposto crime. Isso não há", disse o advogado.

"O que aconteceu que levou ele à prisão foi uma pessoa que teria dado um depoimento, uma amante dele", continuou. O Dr. Natanael também disse que pode ter sido por "conveniência" do juiz, devido à pandemia do novo coronavírus e porque mais pessoas teriam de ser ouvidas, que a prisão temporária, que era de 30 dias, foi renovada por mais 30.

"Só que nesse meio tempo a Polícia encontrou outras coisas, de outras pessoas, supostamente envolvidas no desaparecimento de Lucilene. Isso originou algumas buscas. Mas não quer dizer que essas pessoas tenham algo com o desaparecimento. É que a Polícia muitas vezes na busca de algo encontra algo. É assim que funciona. Quer encontrar José, encontra Pedro", explicou.


Entenda o caso - A Justiça de Porto Ferreira decretou em 29 de fevereiro a prisão temporária de Vanderlei. Ele era sócio da empresária Lucilene, dona de um hotel localizado na avenida Professor Henrique da Motta Fonseca Júnior. Ela desapareceu na véspera de Natal e o caso ganhou repercussão nacional.

Antes de ser preso, no dia 17 de fevereiro Vanderlei prestou depoimento por mais de 5 horas na Delegacia. Também apontado como amante da empresária, ele estava acompanhado por seu advogado. Participaram da tomada do depoimento um delegado, dois investigadores e dois promotores da região.

Após a oitiva, Vanderlei disse que prestou todas as informações que lhe foram solicitadas e que tudo transcorreu normalmente. Já seu advogado disse também que tudo foi esclarecido e que as autoridades iriam juntar o que foi falado para dar sequência no inquérito policial.