Organização do Grammy nega acusações de fraude em processo de indicação dos artistas

Organização do Grammy nega acusações de fraude em processo de indicação dos artistas
Ex-diretora da Academia da Gravação, Deborah Dugan disse que seleção dos indicados é cheia de conflitos de interesse. Premiação acontece neste domingo (26). Dua Lipa ganhou Grammy de revelação e de melhor gravação dance

Mario Anzuoni / Reuters

Os organizadores do Grammy negaram, na quinta-feira, acusações de que os indicados para os principais prêmios são fraudados, chamando as alegações de "categoricamente falsas e enganosas".

Alegações de que o processo de indicações para o Grammy é cheio de conflitos de interesse foram feitas em uma queixa apresentada no início desta semana pela ex-diretora-executiva da Academia da Gravação, Deborah Dugan, após ser colocada em licença administrativa.

Dugan repetiu as alegações em entrevistas para dois programas matinais na quinta-feira, poucos dias antes da cerimônia do Grammy, no domingo, em Los Angeles. A Academia informou que a premiação está mantida conforme planejado.

Bill Freimuth, diretor do prêmio, negou as acusações de Dugan:

"As alegações ilegítimas de que membros ou comitês usam nosso processo para promover indicações para artistas com quem eles têm relacionamentos são categoricamente falsas, enganosas e erradas."

Freimuth disse que o objetivo da Academia "é garantir que o processo dos Prêmios Grammy seja conduzido de maneira justa e ética e que o júri faça suas escolhas com base apenas na excelência artística e nos méritos técnicos das gravações elegíveis".

Dugan foi afastada em 17 de janeiro, cinco meses depois de ser a primeira mulher a assumir o cargo de executiva-chefe e presidente da Academia de Gravação. À época, a organização informou que a medida fora tomada em resposta a uma alegação de má conduta feita contra Dugan por um membro sênior da equipe, mas não deu detalhes.

Dugan apresentou uma queixa que alegava discriminação de gênero, retaliação ilegal e remuneração desigual. Em dezembro, a Academia informou que dobraria o número de mulheres em seu júri até 2025, acrescentando 2.500 integrantes.