Chico César roga ao céu o fim da peste em música sobre pandemia do coronavírus

Chico César roga ao céu o fim da peste em música sobre pandemia do coronavírus

Cantor lança a canção 'Se essa praga morresse', composta sob o efeito do isolamento social. ? "Será que o tal do tão propagado caos / Vai causar iluminação? / ... / Será que o ser que do escuro sairá / É ciência ou religião?", reflete e questiona Chico César, sem chegar a uma conclusão, nos versos de música inédita composta sob o efeito do isolamento social para contenção da pandemia do coronavírus.

Intitulada Se essa praga morresse, a música foi apresentada pelo cantor e compositor paraibano no início da madrugada desta segunda-feira, 6 de abril. Munido do próprio violão, Chico cantou a música em vídeo postado em rede social.

Na letra de Se essa praga morresse, o artista roga ao céu o fim da pandemia, caracterizada na letra como peste. Eis a letra de Se essa praga morresse:

Se essa praga morresse

(Chico César)

Eu só queria que essa praga morresse

Que esse vírus infitete sumisse

Que acabasse logo o disse-me-disse

Que alguém gritasse que isso tudo findou-se

E alumiasse essa escuridão

Eu só queria que você me abraçasse

Me convidasse pra ir numa delicatessen

Uma padaria talvez fosse mais fácil

Pra rirmos muito até doer o osso

Da fantasia de não soltar a mão

Será que é mau desejar o mal ao mal

Pra haver evolução?

Será que o tal do tão propagado caos

Vai causar iluminação?

Será será que aqui permanecerá

Hora extra e serão?

Será que o ser que do escuro sairá

É ciência ou religião?

(Sei não, sei não, sei não)

Se o infinito escutasse minha prece

Pagava o preço por mais alto que fosse

Só peço ao céu apenas que se apresse

De uma vez por todas leve logo essa peste

E me desculpe pela postulação

Eu só queria que você não pensasse

Que isso tudo é só esquisitice

Que o afastamento aumentou minha maluquice

De alguma forma do seu jeito me amasse

E me levasse quente no coração