No rádio, Rômulo Rippa diz que não consegue comprar equipamentos para aumentar nº de leitos

Prefeito também explicou que abertura do comércio depende de decisão do Governo do Estado

No rádio, Rômulo Rippa diz que não consegue comprar equipamentos para aumentar nº de leitos

O prefeito Rômulo Rippa, em entrevista esta manhã (3) ao programa "Fala, Prefeito", na Porto FM, falou sobre as dificuldades em comprar equipamentos para ampliar o número de leitos para pacientes da covid-19.

Segundo ele, havia uma previsão inicial de ampliar os leitos com respiradores do Hospital Dona Balbina. Hoje são 6 leitos na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para atender a todas as patologias, ou seja, pessoas enfartadas, vítimas de acidentes, entre outros quadros, e não disponíveis apenas para eventuais emergências do coronavírus.

A ideia inicial era ampliar para até 15 leitos com respiradores e outros instrumentos. Mas, o grande problema, de acordo com Rippa, é que não existe equipamentos para comprar.

"Esta semana recebemos uma visita da equipe técnica da Secretaria de Saúde do Estado e nós não conseguiremos chegar nos 15 [leitos]. Por dois motivos básicos. O primeiro motivo: não tem os equipamentos à disposição para comprar", afirmou.

O prefeito citou o caso da empresa MarGirius, que se comprometeu a adquirir e doar dois leitos completos de UTI ao hospital, mas que até agora não foi possível devido à falta do equipamento no mercado.

O segundo motivo, de acordo com Rippa, é que seriam utilizados os respiradores do centro cirúrgico do hospital. Mas estes equipamentos são respiradores que dão suporte para no máximo 24 horas. "Nós vamos usar esses respiradores no caso de uma emergência, mas o paciente tem que sair em até 24 horas", completou.

Diante deste quadro, ele reforçou os apelos para que, aqueles que puderem, ficar em isolamento domiciliar, evitando assim a propagação do vírus.

Comércio

"Então, veja a dificuldade, o desafio. Eu tinha uma perspectiva no início da semana de que os casos estavam diminuindo e que o governador do Estado não iria manter a quarentena do comércio. Hoje, eu tenho outra perspectiva. Os casos começaram a subir de forma exponencial esta semana", continuou, falando agora a respeito de uma eventual abertura de estabelecimentos comerciais impedidos de funcionar, o que vem gerando muita reclamação das pessoas que sobrevivem desses negócios.

Sobre o comércio ainda, Rippa disse que o município é obrigado a seguir o que determina o decreto estadual. "Eu não posso abrandar para o comércio [se o Estado não fizer]. Três cidades fizeram isso e foram obrigadas a voltar atrás por decisão judicial", explicou.

Segundo o prefeito, o município só pode determinar regras ainda mais restritivas ou não previstas no decreto estadual, mas não pode "afrouxar" ou ir contra a determinação do Estado.

O governador João Dória disse que vai se manifestar na segunda-feira (6) sobre a prorrogação ou não da quarentena no Estado, uma vez que o prazo inicial termina na terça.