Chefe da Vigilância Sanitária fala sobre o fim de protocolos contra a Covid-19 na cidade

Embora esse anúncio não tenha decretado o fim da pandemia, ele significa que a partir de então, cada país deve lidar com a covid assim como lida com as demais doenças infecciosas

Chefe da Vigilância Sanitária fala sobre o fim de protocolos contra a Covid-19 na cidade

Depois de três anos, e mais de sete milhões de mortos em todo o planeta terra, no início do mês passado a Organização Mundial da Saúde (OMS), anunciou o final do estado de emergência em saúde pública de importância internacional para a pandemia de covid-19. Embora esse anúncio não tenha decretado o fim da pandemia, ele significa que a partir de então, cada país deve lidar com a covid assim como lida com as demais doenças infecciosas.

Em 02 de março de 2023, o governo do estado de São Paulo, fez a sugestão de suspender a obrigatoriedade do uso de máscaras em transportes públicos e conforme o anúncio da OMS, vários decretos obrigatórios foram suspensos. A mobilização consciente ainda é a sugestão e orientação da equipe da Vigilância Sanitária de Porto Ferreira. Edeltraud Zóia, é chefe da Vigilância local e conta com exclusividade sobre o fim das medidas tomadas pela cidade de Porto Ferreira, contra a covid-19: "Adotamos medidas de prevenção, orientação, fiscalização para conter o avanço da pandemia na cidade, mediante decreto de março de 2020, realizado pela OMS, Anvisa, decretos estaduais e municipais. Em determinado momento, o município foi mais rígido que o próprio Estado nas medidas adotadas e assim, os fechamentos de estabelecimentos e o acesso restrito de pessoas em áreas de aglomerações se fizeram necessários, mas estávamos dentro da lei, seguindo o plano de contingência do Estado e sabíamos que eram medidas temporárias como realmente foram", explica Edel.

É com tristeza e pêsames, que a chefe da Vigilância Sanitária informou que ocorreram 219 óbitos no munícipio por covid-19, seguindo informação da Secretária de Saúde do Estado de São Paulo. 17.548 casos foram confirmados até o dia 05 deste mês, onde no ápice da contaminação chegaram a 300 casos por dia. Diante desta cruel realidade, Edel, Meiri, Karen, Elaine, Patrícia, Ana Carolina, Thomaz, Luciane e o motorista Edgar, formaram um dos "batalhões de frente", no processo de enfretamento da covid-19. O medo de contaminar a família e os familiares eram constantes, mas segundo Edel, nenhum deles foram contaminados pela covid-19, o que foi uma grande conquista mediante protocolos, medidas e procedimentos, que ajudaram nessa situação, mas ela não abandona a fé e acredita em milagre, tamanho índice de contágio que ocorriam todos os dias.

A pandemia do Covid- 19 impondo comportamentos totalmente diferentes daqueles aos quais estavam todos habituados. Fechamentos de espaços públicos e toques de recolher, levaram a população a grandes alterações psicológicas. O confinamento gerou e aumentou o tédio, transtornos de ansiedade, irritação, tristezas, incertezas, inseguranças, frustração financeira, pois muitos perderam seus empregos, houve aumento do consumo de bebidas e a obesidade. Em muitos lares a convivência forçada entre os familiares levou ao aumento de discussões, gerando e acentuando a violência conjugal. O cenário era de guerra. Pessoas sendo enterradas sem o protocolo fúnebre. "Foi triste acompanhar a notícia de mortes de pessoas conhecidas, jovens e amigos que faleceram repentinamente por consequência da doença", lamentou Edel. Foi diante deste cenário, que ela e a Ana Carolina se prontificaram para irem as casas vacinarem pessoas acamadas e ela não deixa de agradecer a Secretaria de Saúde, a Prefeitura Municipal pela autorização de vacinação em lócus, o que resultou em mais de 2.325 doses aplicadas.

Com o fim de várias medidas, finalmente a equipe tem respirado mais aliviada, sabendo que houve apenas um caso confirmado de contaminação na última semana e sem risco de morte, onde chegou a 300 por dia.