Com chips em falta, indústria de tecnologia dos EUA pede que administração Biden financie fábricas

Com chips em falta, indústria de tecnologia dos EUA pede que administração Biden financie fábricas
Escassez global de chips paralisou as linhas de fábricas da Ford Motor e General Motors. Pedido de ajuda foi enviado por Qualcomm, Micron Technology e Advanced Micro Devices, entre outras empresas. Indústria sofre com escassez de chips

Divulgação/Qualcomm

Um grupo de empresas de chips dos Estados Unidos enviou nesta quinta-feira (11) uma carta ao presidente Joe Biden pedindo "financiamento substancial para incentivos à fabricação de semicondutores".

Os presidentes-executivos das principais empresas americanas, entre elas Intel, Qualcomm, Micron Technology e Advanced Micro Devices, assinaram a carta.

Isso ocorre no momento em que uma escassez global de chips paralisou as linhas de fábricas da Ford Motor e General Motors, com executivos das montadoras prevendo perda de bilhões de lucros. O estoque apertado de chips tornou ainda mais difícil para os consumidores comprar consoles de jogos populares, como o Xbox, da Microsoft, e o Playstation, da Sony.

Os chips que faltam são fabricados principalmente em países como Taiwan e Coreia do Sul, que passaram a dominar o setor. A carta, enviada pela Semiconductor Industry Association, dizia que a participação dos Estados Unidos na fabricação de semicondutores caiu de 37% em 1990 para 12% hoje.

"Isso ocorre principalmente porque os governos de nossos concorrentes globais oferecem incentivos e subsídios significativos para atrair novas instalações de fabricação de semicondutores, enquanto os Estados Unidos não", disse o grupo.

Subsídios para chips

O Congresso autorizou no ano passado subsídios para fabricação de chips e pesquisa de semicondutores, mas os parlamentares ainda precisam decidir quanto financiamento fornecer. O grupo de chips dos EUA instou Biden a fornecer esse financiamento na forma de doações ou créditos fiscais.

"Trabalhando com o Congresso, sua administração agora tem uma oportunidade histórica de financiar essas iniciativas para torná-las realidade", escreveu o grupo. "Acreditamos que uma ação ousada é necessária para enfrentar os desafios que enfrentamos. Os custos da inação são altos.

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