Jurados pedem revisão de depoimentos de testemunhas em julgamento de Harvey Weinstein

Jurados pedem revisão de depoimentos de testemunhas em julgamento de Harvey Weinstein

Júri pediu para rever testemunhos de ex-assistente de produção que acusa produtor de estupro e da atriz Rosie Perez. Harvey Weinstein deixa o tribunal no segundo dia de deliberações do juri em seu julgamento

Lucas Jackson/Reuters

Os jurados do julgamento de estupro contra Harvey Weinstein parecem ter adotado uma abordagem metódica em suas deliberações nesta quarta-feira (19). Eles pediram a revisão do depoimento de uma ex-assistente de produção, que afirma que Weinstein a estuprou, e também o da atriz Rosie Perez.

O júri também pediu para ver textos da testemunha de defesa Paul Feldsher para Weinstein antes de encerrar seu segundo dia de deliberações. Os jurados devem continuar as discussões na quinta-feira (20).

Weinstein, sorrindo ao deixar o tribunal durante o dia, foi perguntado por um repórter se estava preocupado. A expressão no rosto do ex-produtor de Hollywood ficou séria e ele balançou a cabeça negativamente.

Weinstein, de 67 anos, se declarou inocente de agredir sexualmente a assistente de produção Mimi Haleyi em 2006 e de estuprar Jessica Mann, uma aspirante a atriz em 2013.

Os jurados pediram para revisar partes do testemunho de Haleyi, além de emails entre ela e Weinstein e emails de Weinstein mencionando-a.

Haleyi, que era assistente de produção do reality show de moda "Project Runway", disse em depoimento que Weinstein a forçou fazer sexo oral em 2006 na casa dele em Nova York.

Os jurados também pediram para rever o testemunho da atriz Perez, que corroborou a acusação de Annabella Sciorra de que o ex-produtor a estuprou na década de 1990. Perez disse no julgamento que Sciorra contou a ela sobre o suposto ataque depois do ocorrido.

Acusações

Desde 2017, mais de 80 mulheres acusaram Weinstein de má conduta sexual.

Weinstein, que produziu filmes como "O Paciente Inglês" e "Shakespeare Apaixonado", nega ter feito sexo não consensual.

Seu julgamento é amplamente visto como um marco no movimento #MeToo, no qual mulheres acusam homens poderosos no ramo de negócios, entretenimento, mídia e política de conduta sexual inapropriada.