Convenção 1
O prazo para as convenções partidárias que definiram os pré-candidatos a prefeito, vice e vereadores terminou na quarta-feira (16). Assim, no último domingo aconteceram as últimas definições das chapas que vão disputar as eleições 2020. Antes disso, confirmados mesmo só estavam os atuais prefeito e vice, Rômulo Rippa e Dr. Saldanha, que buscam a reeleição e haviam realizado as convenções majoritárias no dia 7 de setembro. Só recapitulando, a coligação que apoia a reeleição dos atuais governantes é formada por PSD, Podemos, Progressistas, PDT, PSB, PTB e PV.
Convenção 2
No domingo tivemos as definições das outras duas chapas que concorrerão ao Executivo. Uma delas será aquela formada pelo ex-prefeito André Braga e pelo dentista Dr. Paulo Saad. A coligação é formada por PSDB, PSL, DEM, Avante, PL, Patriota e PSC. A convenção aconteceu na chácara da família Braga, mantendo a tradição do grupo. O patriarca Dorival, ex-prefeito, ex-deputado e ex-vereador fez uma fala na abertura e saudou a todos.
Convenção 3
E também no domingo finalmente o terceiro pré-candidato a prefeito, Marcelo Padilha, do Republicanos e PROS, apresentou seu parceiro de chapa. Será Sebastião Campos, que já havia sido candidato a vice em 2012, fazendo dobradinha com o então vereador Carlos César Berque. Na ocasião, a chapa ficou em 3º lugar, mas surpreendeu pela boa quantidade de votos obtidos, numa eleição que muita gente pensava estar polarizada entre os grupos Rasi x Braga. Em 2016, Campos foi candidato a vereador pelo grupo que apoiava Rômulo Rippa e obteve apenas 17 votos.
Convenção 4
O MDB também fez sua convenção "camarão", ou seja, vai lançar uma chapa sem cabeça. Melhor explicando pra quem não entendeu ainda, disputará apenas com candidatos a vereadores, mesmo tendo nomes fortes na sigla. O grupo é liderado pelo ex-casal Rasi que, embora não dividam mais o mesmo teto, mantém-se unido na política, como deu para perceber até pelas fotos publicadas da convenção. "Durante o evento [convenção] o ex-prefeito Maurício Rasi afirmou que honrou a palavra dita que não seria candidato e que não gostaria de travar uma disputa jurídica, que poderia levar uma instabilidade aos eleitores, mesmo entendendo, juntamente com o corpo jurídico do MDB Nacional, que estaria apto". Então tá.
Convenção 5
O prazo final para a apresentação do pedido de registro de candidatura na Justiça Eleitoral é dia 26 de setembro (sábado). Nas eleições municipais de 2016, a Justiça Eleitoral recebeu um total de 496.927 pedidos de registro para os cargos de prefeito, vice-prefeito e vereador em todo o Brasil. Em Porto Ferreira, foram quatro chapas para prefeito (Rômulo Rippa/Dr. Saldanha, Renata Braga/Macelo Nery, Carlos Berque/Luiz do Tremendão e Dr. Maurício/Maguila, esta última impugnada). Este ano, como já expusemos, serão três. Cada partido pode apresentar até 17 candidatos a vereador, sendo que no mínimo 6 devem ser mulheres.
Convenção 6
Até ontem de manhã o sistema eletrônico do TSE que registra todos os dados sobre candidaturas e prestação de contas eleitorais ainda não tinha nenhum registro de candidatos. Um amigo que está envolvido com uma das correntes políticas da cidade disse que está sendo muito demorado o processo para liberação das certidões necessárias para se fazer o registro. Em outras palavras, vai ter muita gente desesperada nos próximos dias, pelo jeito.
Fora
Chegou até esta coluna que um dos nomes mais tradicionais da política local e que era cotado até para ocupar uma vaga de candidato a vice está fora da disputa este ano. Trata-se do ex-prefeito Valdir Bosso, que poderia formar dupla com André Braga. Nem a vereador Valdir vai se candidatar.
Segundo mandato 1
Deu no Estadão: a disputa municipal deste ano terá o maior número de prefeitos aptos a se reeleger da história. Ao todo, 4.377 mil poderão disputar um novo mandato no próximo dia 15 de novembro, equivalente a 78,6% das 5.568 cidades do País. O levantamento foi feito pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM), que aponta como motivo a alta taxa de renovação ocorrida quatro anos antes, em 2016, quando menos da metade dos chefes dos Executivos locais que se candidataram conseguiram se reeleger. Foi o caso ferreirense, aliás.
Segundo mandato 2
Historicamente, o índice de prefeitos reeleitos vem caindo a cada eleição e, em 2016, foi de 21,4%, o mais baixo desde 2000 – a primeira vez em que a recondução foi permitida. A disputa de quatro anos atrás também foi a primeira em que o financiamento das campanhas por empresas foi proibido, o que motivou a entrada de muitos "neófitos" na política, principalmente empresários que podiam bancar seus gastos eleitorais.
Ação contra o veto
A bancada evangélica iniciou a semana buscando votos para tentar derrubar o veto do presidente Jair Bolsonaro à anulação de dívidas de R$ 1 bilhão de igrejas com o governo. A oposição, cuja maioria dos partidos ajudou a aprovar o perdão, admite que pode se unir de novo aos parlamentares religiosos.
Tudo no script
Jair Bolsonaro considera "justa" a demanda pela anulação das dívidas. O presidente, porém, barrou o perdão argumentando que, se sancionasse a medida, poderia sofrer um impeachment por ferir a legislação fiscal. Ele mesmo sugeriu que os parlamentares derrubassem o veto, repassando assim a missão ao Congresso. Bolsonaro vetou, mas não quer que seja vetado, deu pra entender?
Emergência
O governo reconheceu a situação de emergência em Mato Grosso do Sul, devido aos incêndios que devastam o Pantanal há mais de um mês. Com a decisão, publicada no Diário Oficial, o estado pode receber recursos federais.
Direção da Funarte
O governo exonerou da presidência da Funarte Luciano Querido, que trabalhou anos com o vereador Carlos Bolsonaro e participou da elaboração dos perfis da família presidencial nas redes sociais. Para seu lugar no órgão de fomento à cultura, o escolhido foi Lamartine Barbosa Holanda, coronel da reserva do Exército.
Nova denúncia
O governador afastado do Rio, Wilson Witzel, a primeira-dama do estado, Helena, e o presidente do PSC, Pastor Everaldo, foram alvos ontem de uma nova denúncia criminal, desta vez acusados pelo Ministério Público de formar uma organização criminosa para desviar recursos públicos. Não tá fácil pro Rio de Janeiro.
Sem Renda Brasil
Jair Bolsonaro afirmou esta semana que desistiu de lançar o Renda Brasil, programa social que substituiria o Bolsa Família e era aposta para ser usado como sequência do auxílio emergencial, benefício pago durante a pandemia do novo coronavírus que ajudou a elevar a popularidade do presidente.
Cartão vermelho
A desistência veio em resposta a notícias de que a área econômica estudava cortar benefícios ou congelar aposentadorias e pensões como forma de abrir espaço para o Renda Brasil no Orçamento de 2021. Bolsonaro ameaçou dar "cartão vermelho" à equipe do ministro Paulo Guedes. Cuidado com o VAR.
Não é comigo
"Como todos jornais deram isso, que o presidente vai tirar dinheiro dos idosos, frágeis e vulneráveis para passar aos paupérrimos, o presidente repetiu o que já tinha dito antes. E levantou um cartão vermelho, que não foi para mim", afirmou o ministro da Economia.
Na gaveta
As representações de entidades brasileiras contra Bolsonaro no Tribunal Penal Internacional foram arquivadas. O presidente era acusado de crimes contra a humanidade, por atos envolvendo indígenas e medidas na pandemia da covid-19. Os casos só serão retomados se houver fatos novos.
Ministro efetivado
Após um vácuo de quatro meses, o presidente Jair Bolsonaro voltou nesta quarta-feira a ter um ministro titular da Saúde em meio a uma pandemia que já deixou 134 mil mortos no Brasil. O general Eduardo Pazuello foi efetivado no cargo, numa cerimônia com atitudes e discursos anticientíficos recorrentes entre membros do governo.
Discurso repetido
Na cerimônia de posse, Bolsonaro disse que as escolas nunca deveriam ter sido fechadas, mesmo que essa tenha sido uma recomendação das autoridades sanitárias mundiais contra a disseminação do novo coronavírus. O presidente também defendeu a cloroquina, remédio sem eficácia comprovada contra a covid.
Recurso apresentado
Intimado pela Polícia Federal a depor pessoalmente no processo que investiga interferência indevida no órgão, Bolsonaro recorreu ao Supremo Tribunal Federal para prestar seus esclarecimentos por escrito. A petição foi apresentada pela Advocacia-Geral da União.
Autoridades infectadas
Rodrigo Maia e três ministros de tribunais superiores contraíram o novo coronavírus após terem comparecido à cerimônia que marcou o início do mandato de Luiz Fux à frente do Supremo. O novo presidente da Corte já havia sido diagnosticado com a covid-19.
Pressão reiterada
A pressão internacional contra a política ambiental brasileira é crescente diante das queimadas na Amazônia e no Pantanal. Na quarta, o vice-presidente Hamilton Mourão afirmou que planeja convidar diplomatas estrangeiros a visitar áreas florestais em meados de outubro.
Juros mantidos
Diante da pressão inflacionária, explicitada nas últimas semanas pela alta de alimentos, o Comitê de Política Monetária do Banco Central decidiu manter a taxa de juros básica da economia em 2%, interrompendo um ciclo de quedas que teve início em meados do ano passado.
