Volume de chuva registrado em janeiro é o maior dos últimos sete anos em Porto Ferreira

Ligações irregulares da água de chuva nas redes de esgoto são um perigo e podem aumentar a ocorrência de vazamentos e retorno do efluente para os imóveis dos clientes

Volume de chuva registrado em janeiro é o maior dos últimos sete anos em Porto Ferreira

O município de Porto Ferreira registrou, em janeiro, 510 milímetros de chuva, o maior volume registrado para o mês dos últimos sete anos, de acordo com dados do monitoramento pluviométrico da ETA OCL (Estação de Tratamento de Água Oswaldo Cunha Leme).

Apesar de contribuir para a recuperação dos mananciais, a BRK, concessionária responsável pelos serviços de água e esgoto da cidade, alerta para os perigos que o lançamento irregular da água de chuva nas redes de esgoto pode causar.

A rede de esgoto é responsável por coletar os resíduos líquidos produzidos nas atividades do cotidiano. A água que escoa pelos ralos e vasos sanitários de residências e escritórios é recolhida pela tubulação e direcionada para a Estação de Tratamento de Esgoto (ETE), onde passa por diversos procedimentos até estar apta para retornar ao meio ambiente.

Já a rede de drenagem de água pluvial recolhe os excessos de água da chuva que se acumulam em superfícies e subsolos da cidade. Ela é formada por estruturas responsáveis por conduzir as águas residuais das chuvas – que não precisam de tratamento – de volta aos rios, lagos e mares. É um mecanismo que atua para evitar alagamentos nas cidades.

"Por terem funções diferentes, as duas redes não podem se misturar para que não prejudique nenhum dos dois sistemas, seja o tratamento do esgoto ou escoamento da água de chuva", explica Alex Zampieri, gerente de operações da BRK em Porto Ferreira.

A ligação irregular da água de chuva na rede coletora de esgoto pode causar o transbordamento dos poços de visita (local de acesso às tubulações de esgoto) e, consequentemente, aumentar a possibilidade de retorno do efluente nas ruas e nos imóveis, tendo em vista a força e quantidade de água de chuva que entra na rede de forma incorreta.

"Durante o verão, que é a estação mais chuvosa do ano, registramos um aumento de 40% nas ocorrências relacionadas ao esgoto. Isso ocorre, principalmente, porque a água de chuva que deve ser direcionada para o sistema pluvial é encaminhada para as redes coletoras de esgoto – o que está incorreto, porque sobrecarrega a tubulação. As redes de esgoto foram projetadas para receber, exclusivamente, o efluente proveniente dos banheiros, pias e cozinha. Quando a água da chuva é incorretamente direcionada para a rede coletora de esgoto, ela sobrecarrega o sistema e provoca obstruções, extravasamentos e compromete o serviço de coleta e tratamento, assim como pode gerar prejuízos para toda a comunidade local", complementa o gerente.

Essas ligações inadequadas - muitas vezes causadas por desconhecimento da população?- são proibidas por lei e passíveis de punições. No Brasil, onde há grande volume de chuvas, especialmente no verão, é proibido lançar água pluvial nos ramais de esgotos. No Estado de São Paulo, o decreto 5.916/75 determina essa regra. Por isso, é necessário que os imóveis tenham duas saídas distintas, separando assim a água de chuva dos esgotos gerados nas residências.

Educação ambiental

Para orientar a população quanto ao tema, a BRK realiza ao longo do ano palestras de conscientização em diversas instituições, além das divulgações sobre o tema no site e nas redes sociais da concessionária.

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Para mais informações sobre o tema ou qualquer outra necessidade relacionada aos serviços de água e esgoto, a BRK disponibiliza atendimento gratuito, 24 horas, pelo telefone 0800-771-0001.