Se "somos" iguais perante a lei que ela cumpra a sua finalidade

 Se


Pouco ou nada entendo de conteúdos que voam pelo mundo indiscriminadamente como nuvens de gafanhotos em busca de alimentos (entenda-se visualizações) através da internet. Vivo dentro de uma redação de jornal impresso desde 1958, 59, portanto, aproximadamente há 62 anos.

Durante estes anos a internet foi a mais expressiva das invenções do homem em relação a comunicação humana. Tudo se modificou. O ser humano saiu das "cavernas" e se libertou. O mundo brilhou para quem foi ousado e acreditou numa nova possibilidade de vida. E aqui estamos nós, interagindo com o mundo todo em fração de segundos. Coisa maravilhosa.

Entretanto, tudo que é bom com o passar tempo também provoca seus efeitos colaterais e a internet, até pela sua magnitude e facilidade na comunicação social não conseguiu ficar fora do uso indiscriminado sem a proteção devida à privacidade do cidadão usuário da rede que se tornou um mundo sem regras, sem direção, sem cautela, sem responsabilidade, enfim, sem lei que determine limites que preservem a honra, a dignidade pessoal e familiar, de todas as empresas, enfim dos usuários deste sistema maravilhoso.

A internet transformou o mundo em uma arma poderosíssima capaz até de provocar em minutos a uma guerra mundial, através das fake news, que são as notícias falsas utilizadas com o poder de mudar o curso normal de qualquer movimento social. Através das fake news, muda-se o resultado de eleições em qualquer país do mundo em poucas horas. As fakes news são ferramentas cada vez mais utilizadas nas mãos de pessoas que buscam a ascensão pessoal a qualquer custo. Isto pode até ser tolerado.

Quando falamos em leis que possam restringir o uso indiscriminado na internet, não queremos dizer com isso, tirar os direitos de liberdade de expressão, os direitos de liberdade de imprensa, os direitos de ir e vir, os direitos constitucionais de ninguém, muito pelo contrário, é o de resguardar todos os DIREITOS que qualquer cidadão possa ter na defesa da honra, da dignidade pessoal e familiar contra os crimes cibernéticos que é a Ciência que estuda os mecanismos de comunicação e de controle nas máquinas e nos seres vivos.

Por mais linda que possa ser a internet, ela está transformando o mundo num território hostil às liberdades do cidadão honesto e digno que indefenso perante a falta de lei punitiva se torna refém de pessoas inescrupulosas que disseminam mentiras e infâmias contra a quem bem entender em busca de visualizações e ficam impunes.

A internet hoje é a maior rede de comunicação social do mundo. Bem diferente dos demais órgãos de comunicações sociais existentes no mundo há séculos, como os jornais impressos, as rádios, as televisões e sistemas de audiovisuais, que atuam sob regras, sob leis punitivas, devidamente registradas como empresas privadas, pagantes de impostos, gerando empregos e investimentos na comercialização de equipamentos etc., etc., enquanto milhares e milhares de blogueiros irresponsáveis, que nada contribuem para com seu país, estados e municípios, usam e abusam da internet sem qualquer receio de punibilidade e tripudiam sobre a honra e a dignidade humana de seus supostos desafetos. Para aqueles que usam a internet corretamente são usados seus dados e acabam sendo bisbilhotados perdendo a sua privacidade.

Lamentavelmente como dissemos acima, os efeitos colaterais estão cada dia mais presentes e atuantes nas redes sociais na internet utilizada criminosamente contra pessoas, políticos, autoridades, judiciário, governos, empresas e instituições sem qualquer receio de serem questionados a repararem os danos morais e da honra.

Vale registrar que para o bem coletivo, nos últimos tempos o Poder Judiciário brasileiro, o Congresso Nacional e o STF têm colocado nas pautas de trabalhos, decisões e discussões que levam a regulamentar, senão tudo, mas um início de regulamentação sobre o uso abusivo e indiscriminado da internet. Esta semana o Senado brasileiro deu o primeiro passo ao aprovar lei contra as fake news e vai agora ser votada também na Câmara dos Deputados.

Na contra mão da história, talvez por necessidade pessoal, familiar ou de amizade, o presidente Jair Bolsonaro parece desejar que as fake news continuem como estão, disseminando o ódio e notícias mentirosas, pois afirmou quarta feira, dia 1, aos apoiadores na porta do Palácio da Alvorada que o projeto de lei contra notícias falsas na internet aprovado no Senado, não deve "vingar". Ele falou ainda que, caso a proposta seja aprovada também pela Câmara, poderá vetar o texto.

E daí povo brasileiro? Como um país pode ser verdadeiro se convivemos em meio as mentiras enxovalhando seu povo? A quem isto favorece? Aos políticos e seus asceclas? A quem mais?

Se "somos" iguais perante a lei, que ela cumpra sua finalidade em sua plenitude.


Frases

"Todo imbecil confunde valor e preço". (Antônio Machado)

"A trapaça é a principal fonte de renda que alimenta o trapaceiro". (anônimo)

"Fake News é a banda podre da DEMOCRACIA". (jrb pros íntimos)

"Como o mundo, o país, a família, a religião podem ser verdadeiros se cultivamos e disseminamos a mentira, o ódio e a feke news?". (jrb pros íntimos)

"Como olhar para um filho que sabe que você propaga fakes news pela internet? Será que ele vai se orgulhar do pai que tem?". (jrb pros íntimos)


Andar com Fé

(do refrão)
Andar com fé eu vou,
que a fé não costuma "faiá"

(Gilberto Gil)

Papo furado...

Segundo o meu amigo Policarpo, o ex-ministro da Educação Weintraub, perdeu a "educação", mas está prestes a "ganhar" um Banco Mundial. Bum, bum, buuummm...

Ciclone bomba...

E a passagem do chamado "ciclone bomba" lá pelo Sul do país, no Estado de Santa Catarina, sábado último

dia 4, pela manhã foi mesmo uma bomba siô. Como diz o tataravô do meu amigo Policarpo: juntou tudo, pandemia, ameaça de gafanhoto e o tal do ciclone bomba realmente esse país tá coisado mesmo.