Entregadores de aplicativos fazem manifestações pelo país

Entregadores de aplicativos fazem manifestações pelo país
Movimento pede aumento na remuneração e melhoria nas condições de trabalho. Associação de empresas diz estar aberta a diálogo. Entregadores ocupam a portaria da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, em Belo Horizonte

Rodrigo Franco / TV Globo

Entregadores de aplicativos fizeram protestos em cidades brasileiras nesta quarta-feira (1º). A mobilização nacional da categoria, que teve forte crescimento ao longo da pandemia do novo coronavírus, é por melhores condições de trabalho.

Houve protestos no Distrito Federal e em cidades como Aracaju (SE), Belo Horizonte (MG), Campinas (SP), São Paulo (SP), Piracicaba (SP), Fortaleza (CE), Recife (PE), Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA), Teresina (PI) e Maceió (AL).

Os manifestantes não têm uma representação sindical. No entanto, em comum, incluíram na pauta de reivindicações os seguintes itens:

aumento do valor recebido por quilômetro rodado;

aumento do valor mínimo de cada entrega, que é independente da distância percorrida e do tempo gasto pelo entregador; esse valor é fixado por cada empresa;

fim do que os entregadores consideram bloqueios indevidos, quando eles são bloqueados dos aplicativos sem saber o motivo;

auxílio pandemia (equipamentos de proteção individual - EPIs - e licença).

Em nota à imprensa, as empresas que integram a Associação Brasileira de Mobilidade e Tecnologia (Amobitec), que atuam no setor de delivery, informam que desde o início da pandemia foram tomadas diversas medidas de apoio, como distribuição gratuita ou reembolso pela compra de materiais de higiene e limpeza (máscara, álcool em gel e desinfetante) e a criação de fundos para pagar auxílio financeiro a parceiros diagnosticados com Covid-19 ou em grupos de risco.

Segundo a Amobitec, os entregadores cadastrados nas plataformas estão cobertos por seguro contra acidentes pessoais durante as entregas. A associação também informou estar aberta ao diálogo e que a mobilização desta quarta "não acarretará em punições ou bloqueios de qualquer natureza".

Veja cidades onde houve protestos:

São Paulo

1º de julho - Motoboys e entregadores protestam na Torre do Castelo, localizada na Praça 23 de Outubro, na cidade de Campinas (SP)

Denny Cesare/Código19/Estadão Conteúdo

Em São Paulo, até por volta de 13h, havia ocorrido protestos ao menos na capital, em Campinas e em Piracicaba.

Na cidade de São Paulo, a concentração começou na região do Brooklin, Zona Sul da cidade. O ato deve ser encerrado na Ponte Estaiada, na Zona Sul.

Em Campinas, manifestantes passaram pela Torre do Castelo, na Praça 23 de Outubro. Em Piracicaba, eles saíram de comboio de várias partes da cidade.

Rio de Janeiro

Motoboys e entregadores carregavam cartazes e faziam buzinaço na Avenida Presidente Vargas

Reprodução/Redes Sociais

Motoboys e entregadores de aplicativo iniciaram a manifestação no centro do Rio de Janeiro por volta das 10h30. Pouco depois das 11h, o grupo saiu do Centro e seguiu até a Zona Sul, parando nos bairros de Botafogo e Jardim Botânico.

Pernambuco

Em protesto, entregadores seguiram em motos pelas principais vias do Recife, nesta quarta-feira (1º), por volta das 11h

Eliab Pessoa/TV Globo

No Recife, manifestantes seguiram de motos e bicicletas seguiram pela Avenida Agamenon Magalhães, causando retenções no trânsito, e chegaram à Avenida Domingos Ferreira, no bairro de Boa Viagem, Zona Sul da cidade.

Minas Gerais

Enfileirados, motociclistas ocupam rua Rodrigues Caldas, na Região Centro-Sul de BH

Rodrigo Franco / TV Globo

Em Belo Horizonte, os manifestantes ocuparam vias da cidade de motocicleta e foram até a Assembleia Legislativa de Minas Gerais.

Ceará

Fortaleza, 1º de julho, às 11h: Manifestantes reivindicam melhores condições de trabalho

Isanelle Nascimento/SVM

Em Fortaleza, motociclistas e ciclistas de diferentes empresas se reuniram em frente a um shopping da capital cearense. Em seguida, o grupo se dirigiu até a Praça da Imprensa, no Bairro Edson Queiroz, onde ficou concentrado.

Distrito Federal

Entregadores de aplicativo protestam em Brasília por melhorias na condição de trabalho

PMDF/Divulgação

No Distrito Federal, os manifestantes começaram o protestos por volta das 11h30 na Alameda das Bandeiras, em frente ao Congresso Nacional, e passaram por avenidas da capital federal.

Piauí

Entregadores por aplicativo fazem protesto em Teresina

Arquivo pessoal

No Piauí, os entregadores se reuniram em Teresina com o secretário estadual de Segurança Pública, Rubens Pereira, para pedir mais polícia nas ruas e garantir segurança à categoria. Nessa terça-feira (30), um assalto a um entregador no centro da capital piauiense foi registrado por câmeras de segurança, no momento em que ele fazia uma entrega. Ele teve a moto roubada.

Bahia

Protesto dos entregadores na Av. Tancredo Neves, em Salvador, nesta quarta-feira

Arquivo pessoal

Em Salvador, os manifestantes passaram por locais como Avenida Antônio Carlos Magalhães, nas proximidades de um shopping da região, e passaram pela Ligação Iguatemi x Paralela (LIP). Havia a previsão de que passassem por mais pontos da cidade, como Vila Hortência (Engomadeira), Bela Vista (Cabula) e Barra, um dos pontos turísticos da cidade.

Alagoas

Motoboys que fazem entrega por meio de aplicativos protestam em Maceió

Carolina Sanches/TV Gazeta

Em Maceió, o grupo de manifestantes percorreu, de motocicleta, diversas ruas da capital. Por volta do meio-dia, o protesto chegou à Avenida Fernandes Lima, principal via de Maceió, e bloqueou temporariamente o trânsito no sentido Tabuleiro.

Sergipe

Entregadores de aplicativo protestam em Aracaju nesta quarta-feira (1º)

Rafael Carvalho/TV Sergipe

Em Aracaju, entregadores de aplicativo se reuniram na Orla de Atalaia. Utilizando motocicletas, eles ficaram concentrados em frente aos Arcos da Orla, na Avenida Santos Dumont, por cerca de duas horas, mas foram impedidos de circular pelas ruas da capital porque, segundo a Polícia Militar e a Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (SMTT), a solicitação para o protesto não havia sido deferida pelos órgãos.