Indústria musical nos EUA planeja dia de silêncio após morte de George Floyd

Indústria musical nos EUA planeja dia de silêncio após morte de George Floyd

Gravadoras e artistas se comprometem a interromper atividades comerciais nesta terça-feira (2) em solidariedade aos protestos antirracistas. EUA têm manifestações contra morte de George Floyd

reprodução globonews

A indústria musical dos EUA planeja fazer nesta terça-feira (2) um dia de silêncio em solidariedade aos protestos pela morte de George Floyd.

Após a divulgação de um vídeo que mostra um homem negro sendo imobilizado por um policial branco com os joelhos em seu pescoço, em Minneapolis, nos Estados Unidos, uma onda de protestos começou no país em 25 de maio.

O ex-segurança George Floyd, que tinha 40 anos, foi levado inconsciente por uma ambulância logo após a abordagem policial e foi declarado morto ao chegar no hospital, em 25 de abril.

O policial Derek Chauvin, que estava com o joelho sobre o pescoço de Floyd, foi detido na sexta-feira (29) e responde por homicídio culposo (sem intenção de matar) e assassinato em terceiro grau (quando é considerado que o responsável pela morte atuou de forma irresponsável ou imprudente).

Entenda os protestos nos EUA após a morte do ex-segurança negro George Floyd

Nesta segunda-feira (1), várias gravadoras e artistas se comprometeram a se abster de qualquer atividade comercial na terça-feira (2), com o objetivo de "se desconectar do trabalho e se reconectar com a nossa comunidade".

A hashtag "The Show Must Be Paused (O show deve ser pausado)" foi compartilhada nas redes sociais para mostrar adesão à campanha.

"Devido aos recentes acontecimentos, junte-se a nós enquanto damos um passo para uma atitude urgente para gerar a responsabilidade e a mudança. Como guardiões da cultura, é nossa responsabilidade não apenas nos unirmos para comemorarmos as vitórias, mas também nos abraçarmos durante as perdas", dizia uma postagem amplamente compartilhada.

Manifestantes protestam contra morte de George Floyd pelo 5º dia seguido nos EUA

O músico Tim Burgess, da banda The Charlatans, foi um dos que aderiu a campanha adiou a festa de audição musical que faria na terça-feira. "Temos que ouvir mais e tirar um tempo para pensar".

O grupo Now United também aderiu ao movimento e alterou o header de sua página no YouTube para a hashtag da campanha.

Gravadoras como a Shady Records, Columbia Records, Atlantic Records, Capitol Music Group, Elektra Music Group, entre outras, também já demonstraram apoio a campanha.

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Neste final de semana, Ariana Grande, Paris Jackson, Jamie Foxx, Anna Kendrick, Halsey, Lauren Jaregui, Kali Uchis, John Cusack, Swae Lee e outros artistas, postaram fotos enquanto participavam dos protestos antirracistas que aconteceram nos EUA após a morte de George Floyd.

Alguns artistas, como Beyoncé, Oprah Winfrey, Rihanna, Taylor Swift, Lady Gaga, também compartilharam nas redes sociais alguns textos em homenagem ao ex-segurança, além de condenarem o racismo nos EUA.