Christo, artista plástico conhecido por 'embrulhar' monumentos, morre aos 84 anos

Christo, artista plástico conhecido por 'embrulhar' monumentos, morre aos 84 anos

Último projeto em preparação do artista, o envoltório do Arco do Triunfo na capital francesa, foi adiado devido à epidemia de coronavírus. Christo em frente ao projeto The London Mastaba, no Hyde Park, em Londres, London. Imagem feita em junho de 2018

REUTERS/Simon Dawson/Arquivo

O artista plástico Christo, famoso por suas colossais criações baseadas em monumentos como a Pont Neuf, em Paris, ou o Reichstag, em Berlim, morreu neste domingo aos 84 anos, disseram seus colaboradores em sua conta oficial do Facebook.

O artista, Christo Vladimirov Javacheff, "faleceu de causas naturais em 31 de maio de 2020 em sua casa em Nova York", de acordo com uma mensagem divulgada por seu escritório na rede social.

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Christo formou com sua esposa, a criadora Jeanne-Claude, um dos casais mais mediáticos da arte contemporânea.

Suas obras criadas in situ, precisavam de anos de concepção e milhões de dólares para serem realizadas, embora durassem apenas alguns dias.

Inventor de um novo gênero artístico, "o tecido do espaço", Christo havia envolvido a famosa ponte Pont Neuf, em Paris (1985), e o Reichstag, em Berlim (1995), entre outras criações.

"Christo viveu sua vida plenamente, não apenas imaginando o que parecia impossível, mas percebendo. O trabalho de Christo e Jeanne-Claude reuniu pessoas com experiências compartilhadas de todo o mundo, e seu trabalho é perpetuado em nossos corações e nossas memórias", escreveram seus colaboradores na mensagem.

Nascido em 13 de junho de 1935 em Gabrovo, na Bulgária, Christo fugiu em 1956 em um trem de mercadorias do regime comunista e do realismo soviético ensinado na Faculdade de Belas Artes de Sofia.

Em 1958, conheceu sua esposa francesa, Jeanne-Claude Denat de Guillebon, que morreu em 2009 em Paris. Christo decidiu se estabelecer em Nova York e obteve a cidadania americana.

Seu último projeto em preparação, o envoltório do Arco do Triunfo na capital francesa, anunciado como um dos eventos mais espetaculares do outono, teve que ser adiado por um ano devido à epidemia de coronavírus.