"Rastreador de COVID-19" do Google e da Apple estreia em app na Suíça

Já estamos falando de um conjunto de aplicações (ou API) para rastrear infectados por COVID-19 por meio de um sistema que usa dados voluntários desde março, quando a Apple e o Google passaram a desenvolver esse projeto. A novidade já vem sendo distribuída com o nome de "Notificação de exposição" pelo iOS 13.5 e em breve deve estar no Android, contudo, a parte mais importante no momento é a aplicação dessa API em apps desenvolvidos por governos e autoridades de saúde parceiros. E o primeiro deles foi lançado nesta terça-feira (26), na Suíça.

Chamado de SwissCovid, o utilitário está em fase beta e por enquanto só vem sendo utilizado por membros do exército, funcionários de hospitais e trabalhadores do sistema público. Depois dos resultados colhidos com esse uso inicial, os parlamentares devem definir o regulamento e, caso tudo seja aprovado, a distribuição ampla deve acontecer em meados de junho.

Por enquanto, somente exército, profissionais de saúde e funcionários públicos testam a novidade na Suíça
(Reprodução/Keystone/Laurent Gillieron)

De acordo com a firma de consultoria SotomoLink, uma pesquisa realizada na segunda-feira (25) aponta que cerca de 70% das pessoas na Suíça consideram uma boa ideia a introdução desse app. No total, 59% das 2.819 pessoas entrevistadas disseram que instalariam o aplicativo "SwissCovid" nas próximas semanas. As autoridades esperam que pelo menos 60% do público adote a ferramenta.

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Europeus questionam Apple e Google

A Apple afirma que locais dos Estados Unidos e 22 países já solicitaram e receberam o acesso à API, e agora a companhia aguarda a adesão. Contudo, alguns países europeus hesitam em utilizá-lo, pois a Maçã e o Google impuseram várias restrições na coleta de dados, como a intensidade do sinal de localização. Os ministros de assuntos digitais da Alemanha, França, Itália, Espanha e Portugal publicaram recentemente uma carta conjunta criticando as empresas.

Países europeus querem mais controle sobre o uso da API (Reprodução/Keystone/Laurent Gillieron)

"O uso de tecnologias digitais deve ser projetado de tal maneira que nós, como governos eleitos democraticamente, avaliemos e aceitemos nossos cidadãos e de acordo com nossos valores europeus. Acreditamos que desafiar esse direito impondo padrões técnicos representa um passo em falso e uma oportunidade perdida de colaboração aberta entre governos e o setor privado", diz o comunicado conjunto.

Vale lembrar que o recurso "Notificação de exposição" do iOS 13.5 é desativado por padrão e não pode ser usado sem um aplicativo criado por uma autoridade de saúde pública verificada.

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