Hilary Clinton critica Mark Zuckerberg e o acusa de ser "autoritário"
Fora dos holofotes desde quando perdeu a eleição para Donald Trump, Hilary Clinton vez ou outra aparece dando seus pitacos por aí, seja sobre política, seja sobre outros assuntos. Dessa vez, a ex-senadora pelo partido Democrata resolveu atacar o CEO do Facebook, Mark Zuckerberg. Em entrevista ao The Atlantic, Hilary disse que o executivo não está disposto a combater a desinformação em sua rede social, chamando seu modo de agir como "autoritário".
"Às vezes sinto que você está negociando com uma potência estrangeira. Ele é imensamente poderoso. Esta é uma empresa global que tem enorme influência de maneiras que estamos apenas começando a entender", disse a ex-candidata presidencial democrata durante uma entrevista no Festival de Cinema de Sundance. Clinton estava no evento, que aconteceu no último sábado (25) para o lançamento da série-documentário de quatro horas Hillary, que estreará na Hulu em março.
Desde a eleição presidencial dos Estados Unidos, em 2016, o Facebook tenta provar que está fazendo o que deve para combater as informações erradas no site e impedir a interferência de Rússia, Irã e outros países em suas eleições. As observações de Clinton destacam a controversa abordagem da rede social ao discurso político enquanto tenta encontrar um equilíbrio entre liberdade de expressão e combate à desinformação durante o pleito. O Facebook não envia discurso de políticos a verificadores de fatos de terceiros e se recusa a proibir anúncios políticos, argumentando que isso favoreceria os titulares de contas e quem a mídia escolher cobrir.
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"No meu modo de ver, eles se contorceram para argumentar sobre liberdade de expressão e censura porque é do seu interesse comercial", comentou Clinton, que alegou estar surpresa pelo "poder das mentiras" e teorias da conspiração que surgiram na internet durante as eleições de 2016.
Clinton fez referências claras a um vídeo da deputada Nancy Pelosi, que fora medicada antes de um discurso na câmara e que estava claramente alterada enquanto falava, como se estivesse bêbada. A então candidata à presidência disse que entrou em contato com o Facebook para remover o vídeo depois que o Google o retirou do YouTube. "Por que vocês estão mantendo isso? Isso é flagrantemente falso. Seus concorrentes descartaram. E a resposta deles foi: 'Achamos que nossos usuários podem se decidir'", disse Clinton.
A ex-senadora também afirmou categoricamente que o objetivo do Facebook é de reeleger Donald Trump. Procurada, a empresa não quis se manifestar.
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