Em viagem a Brasília, prefeito tem agenda no Ministério da Saúde para discutir falta de médicos

O prefeito Rômulo Rippa esteve na semana passada em Brasília (DF) para o cumprimento de diversas agendas em órgãos federais e junto a parlamentares.

Um dos encontros aconteceu no Ministério da Saúde, junto à assessora Lia Padilha, onde o prefeito tratou sobre a falta de reposição de profissionais médicos que faziam parte do programa Mais Médicos e atuavam no município.

Recentemente, três profissionais deixaram seus postos em Porto Ferreira para cursar residência e não há previsão de que essas vagas serão repostas. "Infelizmente, o Governo Federal não vem fazendo a reposição dos médicos e isto vem causando um grande problema para os municípios", disse Rippa.

"Recebi a informação de que os programas federais vão priorizar os grandes municípios e também as cidades com maior deficiência no atendimento. O que não é o caso de Porto Ferreira, pois subimos nossa cobertura da Atenção Básica de 58% para 84% em nossa gestão. Isto é, seremos "penalizados" por termos feito um grande trabalho", completou.

Na tentativa de minimizar a falta de profissionais, o prefeito encaminhou no último dia 2 de março à Câmara Municipal um projeto de lei complementar para criar cargos de médico da família dentro da estrutura do programa de Estratégia de Saúde da Família, da Secretaria de Saúde local. Porém, o custo dessas contratações recairá sobre os cofres municipais, diferentemente do programa federal, que era custeado pelo Ministério da Saúde.

Novo programa

O Governo Federal também lançou em novembro de 2019 o programa Previne Brasil, que vai promover a partir de abril uma reestruturação na forma como são distribuídos recursos para os municípios.

Todas as pessoas usuárias do SUS (Sistema Único de Saúde) serão cadastradas e os valores de repasse para a saúde dos municípios serão per capita, ou seja, por meio do cadastro.

A Secretaria de Saúde de Porto Ferreira iniciou os trabalhos em novembro com 25.785 cadastros no sistema e até semana passada já estava com 29.187. "É um trabalho de conferência dos cadastros existentes e realização dos cadastros de usuários que ainda não estavam inseridos no sistema. Este será um trabalho constante, pois terá que ser sempre atualizado. Nossa meta é cadastrar 100% da população, ou seja, 56.150 habitantes", disse a secretária de Saúde, Vera Lucia Visolli.