Elefante branco? Inaugurado há 20 anos, Velório Municipal fez no máximo 5 cerimônias desde então
Situação do prédio foi tema de requerimento na Câmara Municipal
Inaugurado em 29 de julho de 2005, o Velório Municipal Antônio Lázaro Ribaldo, localizado no interior do Cemitério Cristo Rei, celebrou no máximo cinco cerimônias fúnebres desde então. A informação é da Secretaria de Meio Ambiente e Zeladoria (Semaz) e consta de uma resposta de requerimento enviada à Câmara Municipal, em matéria de autoria do vereador Matheus Ribaldo (PSD), neto do patrono do Velório.
Segundo o secretário de Meio Ambiente e Zeladoria, Geraldo Rodrigues, os motivos que levaram à paralisação das cerimônias "não foram devidamente esclarecidos". Perguntado pelo vereador se a atual Administração tem interesse em reativar o Velório, o secretário informou que o questionamento deve ser feito ao Gabinete do Prefeito. Porém, de acordo com ele, não há recursos orçamentários e quadro de servidores especializados disponíveis para o serviço.
A Semaz informou também que existe a intenção de promover uma reforma e manutenção no local, mas que no momento não existe previsão de verba no cronograma de serviços. Encerrou dizendo que, "apesar da estrutura apresentar qualidade, considerando sua inauguração em 2005, faz-se necessária a realização de reformas, tais como pintura e correção de infiltrações".
Histórico – O Velório Municipal foi inaugurado em 29 de julho de 2005, no primeiro governo do então prefeito Maurício Sponton Rasi. A obra foi erguida em parceria com o Grupo Empresarial Ferreirense (Gefe), na ocasião presidido por Tharsis Ramos. Leva o nome do empresário Antônio Lázaro Ribaldo, o Japão, falecido em 1997, que era membro do Gefe e, como vereador na Câmara Municipal (1993-96), defendia a construção de um Velório Municipal.
Em 2021, o então prefeito Rômulo Rippa (PSD) nomeou uma comissão de servidores para a elaboração de estudos para concessão do Velório. Segundo reportagem da Assessoria de Comunicação da Prefeitura na época, o objetivo da concessão era fazer com que o velório atingisse seus objetivos de servir à população, principalmente a famílias de baixa renda.
"O Velório Municipal tem muito pouco uso e o prédio fica ocioso, depreciando, sendo necessária manutenção, mesmo sem a sua utilização. Chega a passar mais de um ano sem que ocorra algum velório ali. A concessão objetiva dar uma utilidade ao prédio e que ele possa realmente cumprir o seu papel social", comentou Rômulo Rippa na época.
O resultado desse estudo e dos trabalhos desta comissão, no entanto, não foram divulgados.