Uma notícia extraoficial abalou internautas de Porto Ferreira
Levando o vereador Renato Rosa a esclarecer a real situação do Serviço de Atendimento Domiciliar (SAD)
"As pessoas não checam a informação antes de distribuir um arsenal de ofensas e julgamentos de forma desordenada, como se cada uma fosse dona da razão absoluta e imaculada. É triste essa dura realidade que vivemos", declarou uma influenciadora após realizar um experimento na rede social Bota a Boca no Trombone Porto.
Em seu experimento social, ela percebeu o quanto as pessoas têm paixão por compartilhar qualquer notícia em redes sociais, independentemente da veracidade dos fatos. A página Bota a Boca no Trombone Porto é conhecida na cidade por permitir que qualquer membro compartilhe informações sobre diversos assuntos.
Especialistas alertam que espalhar informações sem verificar sua veracidade pode causar desinformação e até prejudicar pessoas ou instituições. "Se o Boca no Trombone for um canal de denúncias, o ideal seria que eles verificassem os fatos antes de publicar", comentou um munícipe.
A recente polêmica surgiu quando internautas compartilharam a suposta informação de que o programa Saúde em Casa havia sido encerrado pela atual gestão da saúde municipal. A indignação foi amplificada por uma postagem afirmando que, na manhã do dia 11 de fevereiro de 2025, uma reunião na Secretaria de Saúde teria confirmado o fim do programa.
O SAD (Serviço de Atendimento Domiciliar), também conhecido como Saúde em Casa, é composto por diversos profissionais da saúde e realiza atendimentos domiciliares a usuários do SUS que necessitam de cuidados mais intensivos. Quando foi lançado, a imprensa local destacou que um dos principais objetivos do serviço era promover a desospitalização, garantindo um atendimento humanizado no domicílio do paciente, conforme critérios definidos pelo Ministério da Saúde.
No entanto, a Secretaria de Saúde desmentiu a informação de que o programa foi encerrado. O vereador Renato Pires da Rosa (Republicanos) esclareceu que o SAD será mantido, mas passará por um reajuste. A médica responsável pelo atendimento no programa atuará temporariamente na linha de frente contra a dengue, e os demais profissionais permanecerão em atividade.
"A saída da médica é apenas uma medida de reposição profissional. A vaga deixada será ocupada temporariamente, já que, por lei, a profissional que atuava no combate à dengue não pode renovar seu contrato com a Secretaria de Saúde", explicou o vereador.
Diante da repercussão, a moradora Kássia Santos afirmou que irá protocolar uma queixa contra o suposto encerramento do programa. Ela explicou que seu pai, cadeirante, depende do serviço do SAD. "Antes do programa existir, um médico da UBS onde ele era atendido me disse que a tendência da saúde pública seria piorar. Mas o Saúde em Casa mudou a qualidade de vida dele", relatou Kássia.
O vereador Renato Rosa pediu à população que não se alarme com desinformações e reforçou que a maior preocupação da cidade no momento é o aumento do número de casos de dengue após o Carnaval.
Kássia faz um apelo à Secretaria de Saúde para que o programa continue e elogia o trabalho da equipe do Saúde em Casa. "Os profissionais do SAD são maravilhosos. Eles atendem pessoas acamadas e doentes que não conseguem se deslocar até uma UBS. Esse serviço faz toda a diferença para quem realmente precisa", finalizou.