Porto Ferreira se torna celeiro de jogadores de futebol, graças a um trabalho de base: Conheça.
Pubicado no Jornal impresso do dia 24-1-2025
Porto Ferreira está revelando talentos no futebol? Sim, por isso a reportagem foi acompanhar um treino com os atletas do Porto FootBall/Talentus, comando pelos professores Rodrigo Martins e Deiviti Cremonezi. Dentro desta realidade, exploramos o cenário que está crescendo e desenvolvendo cidadãos para sociedade e atletas para o futebol brasileiro, é o que garante Rodrigo Martins. Um exemplo desta realidade que tem motivado os professores da FootBall/Talentus, é o jogador mirim Arthur Tangerino de 11 anos, que se tornou jogador da Sociedade Esportiva Palmeiras. O pequeno talento da cidade de Porto Ferreira, jogou o campeonato paulista da categoria em 2024, aonde o Palmeiras chegou nas semifinais da competição. Por causa desta realidade, a mãe do Arthur afirma que ela e seus três filhos mudaram para a capital, devido a necessidade da presença familiar apoiando o filho que joga o que sonha a massa no Brasil, que vibra, que sonha aprendendo as regras e disciplinas para ser mais que um simples jogador de futebol, para formação de sua cidadania, e do ser humano que começa a entender que para vencer na vida é necessário atender expectativas e normas. E Rodrigo garante que esse é o lema da escolinha de futebol que tem atraído atletas de outras cidades do interior paulista, assim como da capital e de outros Estados. Isso, graça a exportação de jogadores para os clubes da elite brasileira. Meninos que iniciaram nas escolinhas em Porto Ferreira, são os casos do João Pedro e Samuel de Deus do Atletico Mineiro, Guilherme do Ituano, além do Arthur do Água Santa, que em 2019 estavam no sub-11 do campeonato paulista jogando pela cidade e esse ano disputaram a Copa São Paulo de Futebol Jr, uma das maiores competições de base do mundo. Por essa realidade, o futebol passa a ser uma forma de ascensão social, inspirando crianças e adolescentes a buscarem oportunidades melhores. Diante deste cenário amplamente favorável, Rodrigo e Deiviti esperam incentivos do governo municipal para promover o esporte como ferramenta de inclusão social, assim como patrocinadores para investirem em uniformes, equipamentos, viagens para competições e até bolsas de estudo. "Formar um atleta custa caro, formar um cidadão não preço", declaram. Se houvesse essa mentalidade por parte dos órgãos públicos e do setor empresarial da cidade, meninos do Águas Claras, Jardim Anésia, Centenário, Cristo Redentor, Paschoal Salzano, Porto Belo, Sérgio Dornelles, Vila Maria e outros bairros periféricos da cidade, poderiam ingressar nesta jornada esportiva onde teria muitos mais jovens jogadores se destacando em campeonatos estaduais ou nacionais, trazendo visibilidade para a cidade, pois com os jovens envolvidos em atividades esportivas, a cidade vivencia menos problemas sociais. E para quem precisa de exemplo, Arthur Tangerino é apenas uma entre tantas crianças que tem talento para jogar futebol e colocar Porto Ferreira na vitrine brasileira do futebol. Vitrine essa que começa pela base, sem queimar o processo, pois ele é necessário acontecer com resiliência, como definiu Deiviti, para que Porto Ferreira seja mais que a capital da cerâmica, seja também um verdadeiro celeiro do futebol. ( Por Alex Magalhães)