Parklets, pórticos e totens: o circuito cerâmico em debate

Publicado no Jornal do Porto do dia 26-7-2024

Parklets, pórticos e totens: o circuito cerâmico em debate

Porto Ferreira, a reconhecida capital nacional da cerâmica e decoração, tem um potencial turístico fenomenal. No entanto, algumas iniciativas recentes no circuito que abriga o maior shopping a céu aberto da América Latina merecem uma análise crítica. Com humor e sem agressões, vamos analisar essas iniciativas e seu impacto na nossa querida cidade.

Primeiro, temos os parklets. Essas extensões de calçadas transformam vagas de estacionamento em locais para as pessoas relaxarem e aproveitarem o espaço urbano de forma democrática. Na teoria, parece ótimo, não é? Mas, na prática, a funcionalidade deixou a desejar. Em vez de resolver problemas, acabou criando um novo: a dificuldade de fluxo de veículos. Imagine um motorista procurando desesperadamente por uma vaga enquanto observa aquele espaço inoperante, sem cobertura e nada acolhedor, que deveria ser um oásis urbano. É como se a cidade dissesse: "Relaxe enquanto outros circulam sem rumo atrás de um lugar para estacionar!"

Em seguida, os pórticos. Estes portões imponentes foram erguidos em algumas ruas, demarcando o circuito cerâmico. A ideia, acredito, era dar um toque de sofisticação e orientar os visitantes. Mas, na prática, parece que estamos delimitando uma área exclusiva, separando o circuito de outras regiões que poderiam, e deveriam, integrar o roteiro turístico. É como se disséssemos aos turistas: "Bem-vindos ao circuito cerâmico! Mas não se aventurem além dos portões, por favor." Será que estamos criando uma cidade dentro da cidade?

E, por último, os totens. Esses postes informativos estão espalhados por toda Porto Ferreira, com a missão de orientar os visitantes sobre o circuito cerâmico.

No entanto, a utilidade desses totens é questionável. Afinal, para quem realmente servem? Até agora, parecem ser mais úteis como pontos estratégicos para os cachorros fazerem suas necessidades do que como fontes de informação turística. Não seria melhor investir em guias mais interativos ou aplicativos que realmente ajudem os visitantes a explorar a cidade?

Além dessas questões, não podemos deixar de mencionar o estado de limpeza das ruas. Muitas vias estão bem sujas, especialmente as saídas da cidade ou ruas com menos tráfego, que acabam servindo de depósitos de lixo e resíduos sólidos. Isso, apesar de a cidade oferecer um eco ponto, que infelizmente está muito aquém do necessário. É uma situação que contradiz o esforço de tornar Porto Ferreira um destino turístico acolhedor e sustentável.

Outro ponto importante é a segregação entre turistas e moradores da cidade.

Atualmente, está acontecendo uma feira dentro do circuito, parte das comemorações de aniversário da cidade, mas poucos cidadãos ferreirenses têm conhecimento do evento. Isso sugere que o direcionamento da divulgação também poderia ser voltado para os moradores da cidade, garantindo que todos possam participar e aproveitar as celebrações.

Claro, é importante valorizar e investir no turismo de Porto Ferreira, mas precisamos garantir que esses investimentos realmente melhorem a experiência de todos, tanto moradores quanto visitantes.

Talvez seja hora de reavaliar essas iniciativas com um olhar mais crítico e prático, garantindo que nossas ações realmente beneficiem a cidade como um todo.

Então, enquanto caminhamos pelas ruas adornadas com pórticos, desviando de parklets, observando os totens e tentando evitar os pontos de lixo, que possamos refletir sobre o que realmente queremos para Porto Ferreira. Que nossas decisões sejam guiadas pela funcionalidade e pelo bem-estar de todos, garantindo que nossa cidade continue a brilhar como a capital da cerâmica e decoração que tanto nos orgulha.

Afinal, um pouco de humor e uma crítica construtiva nunca fizeram mal a ninguém!

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