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LIXÃO

Proprietários de patrimônio cultural em Porto Ferreira pedem a conscientização da população sobre o uso do lixo


Uma das mais célebres falas dita por um chefe de Estado, foi dita por Ronald Reagan, presidente dos Estados Unidos entre 1981 e 1989. "Eu sou Ronald Reagan, presidente dos Estados Unidos. Mas você não precisa se apresentar, porque Pelé todo mundo sabe quem é", disse o chefe de Estado na época. Em alegoria a frase, se algum chefe do poder Executivo de Porto Ferreira tivesse que perpetuar uma frase semelhante para um de seus cidadãos, certamente essa pessoa seria Gilberto Chateaubriand.

O empresário e fazendeiro, Gilberto Francisco Renato Allard Chateaubriand Bandeira de Melo, nasceu em 1925, em Paris, e morreu em 2022, aos 98 anos, em sua fazenda, em Porto Ferreira.

A Coleção Gilberto Chateaubriand teve seu início em 1953, quando Gilberto adquiriu de José Pancetti, a obra Paisagem de Itapoã. Várias pessoas foram de grande importância ao longo dessa caminhada, seus grandes amigos Carlos Scliar, Aloysio de Paula e Jean Boghici.

E também Roberto Pontual e Reynaldo Roels Jr?desde 1993, grande parte da Coleção, hoje 6.4 mil, das 8.3 mil obras que a compõe, se encontram em regime de comodato, no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro. Ao longo dos anos, a Coleção, além de ter sido exposta em importantes museus ao redor do mundo, tendo mais de 3 mil obras emprestadas para instituições no Brasil e no exterior.

Assim, o filho Carlos Gouvêa Chateaubriand e a neta, Flávia Gouvêa Chateaubriand, transformaram a antiga tulha de grãos, onde antes eram armazenadas a produção da fazenda, na exposição "A Casa do Colecionador".

O local agora abriga obras de Portinari, Di Cavalcanti, José Pancetti, Glauco Rodrigues, Djanira, Vicente do Rego Monteiro, entre outros grandes nomes da arte nacional.

Seu nome significa um patrimônio imaterial para a humanidade, mas em Porto Ferreira parece que ainda não houve um entendimento social e cultural, o que esse nome representa e essa é uma das "revoltas" de seu filho Carlos e a neta Flávia.

Eles afirmaram com veemência o descaso que é feito pela população ao patrimônio, lançando dezenas e dezenas de quilos de lixo no caminho que liga ao patrimônio. Flávia afirma que o Instituto costuma ser frequentado por admiradores da arte e do legado deixado pelo avô, de São Paulo, Rio de Janeiro e cidades do interior do Estado paulista e é também uma atração mundial assim como os alunos da rede pública e particular da cidade de Porto Ferreira.

E para surpresa de absolutamente ninguém, a maior reclamação dos visitantes é sobre o lixo acumulado pelo caminho, ligando a área urbana do munícipio à área rural, que leva ao Instituto.

"A única coisa que lamento é as boas-vindas que aquele deposito de lixo dá, como se a cidade acabasse no asfalto. Uma vez quase que briguei com um indivíduo que estava com a caçamba jogando lixo no caminho", completa Carlos Gouvêa Chateaubriand. Esperando soluções das autoridades competentes da cidade, Carlos e Flávia têm planos vitalícios para o Instituto.

E para quem não conheceu Gilberto Francisco Renato Allard Chateaubriand Bandeira de Melo, o legado de Chateaubriand na cultura e na mídia brasileira é significativo, pois ele desempenhou um papel fundamental na formação do cenário cultural do país.

Suas contribuições ao jornalismo, à arte e à mídia deixaram uma marca indelével na sociedade brasileira e que perpetue o respeito na mente da população local.

(Por Alex Magalhães)

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