Leitor brasileiro e sua preferencia entre o digital e impresso

O perfil do leitor brasileiro vem passando por mudanças significativas nos últimos anos, especialmente no que se refere à preferência entre o formato digital e o impresso. Segundo dados da pesquisa "Retratos da Leitura no Brasil", realizada pelo Instituto Pró-Livro em 2019, a maioria dos brasileiros ainda prefere o livro impresso (84%), mas o formato digital vem ganhando espaço, especialmente entre os mais jovens.

De acordo com a pesquisa, 22% dos leitores brasileiros já leram um livro em formato digital nos últimos três meses, um aumento significativo em relação à edição anterior da pesquisa, realizada em 2015, em que esse número era de apenas 9%.

Os leitores digitais também se destacam por alguns hábitos de leitura distintos. Segundo a pesquisa, eles costumam ler mais do que os leitores de livros impressos, com uma média de 4,5 livros lidos nos últimos três meses, enquanto os leitores de livros impressos leram uma média de 3,4 livros no mesmo período.

Além disso, os leitores digitais tendem a ser mais jovens e a ter um nível de escolaridade mais alto do que os leitores de livros impressos. Segundo a pesquisa, 35% dos leitores digitais têm entre 18 e 24 anos, enquanto apenas 14% dos leitores de livros impressos se encontram nessa faixa etária. Além disso, 39% dos leitores digitais têm ensino superior completo, enquanto apenas 23% dos leitores de livros impressos possuem essa formação.

Apesar do crescimento da leitura em formato digital, o livro impresso ainda é o preferido da maioria dos brasileiros. De acordo com a pesquisa, 88% dos leitores de livros impressos afirmaram que preferem esse formato por causa do prazer que sentem ao manusear o livro, enquanto 79% dos leitores digitais afirmaram que preferem o formato digital pela praticidade de poder carregar vários livros em um único dispositivo.

Em resumo, a preferência entre o formato digital e impresso ainda é um tema em aberto para o leitor brasileiro. Enquanto a maioria dos brasileiros prefere o livro impresso, os leitores digitais vêm ganhando espaço, especialmente entre os mais jovens e com maior nível de escolaridade. No entanto, independente do formato, o que importa é que a leitura seja incentivada e valorizada como uma atividade essencial para o desenvolvimento pessoal e cultural.