Farmácia Popular: leitor reclama que estabelecimento não aceitou documento de identificação digital (CNH)

Esta semana a Redação do Jornal do Porto recebeu mensagem de um leitor, que preferiu não se identificar, que alega que um estabelecimento da cidade (drogaria) não aceitou a retirada de medicamento no programa Farmácia Popular, uma vez que ele apresentou como documento de identificação uma CNH (Carteira Nacional de Habilitação) digital.

Veja a mensagem:

"Faço uso da Farmácia Popular há alguns anos devido a um problema de hipertensão. Gostaria de registrar minha indignação diante do atendimento recebido em uma drogaria da cidade credenciada no programa Farmácia Popular, do Governo Federal.

Para fazer a retirada do medicamento eu apresentei minha receita médica e minha CNH digital como documento de identificação. Para meu espanto, o atendente disse que não poderia aceitar a CNH digital como documento de identificação.

Oras, se é um documento oficial reconhecido pela lei, com fé pública e com o mesmo valor jurídico da CNH impressa, qual o motivo de não ser aceito, perguntei? No que o atendente disse que precisava de um documento físico (de papel) porque ele deveria tirar cópia do mesmo. Ah, e que não precisava nem ser o original do documento, poderia ser uma cópia simples.

Veja então a situação. A drogaria aceita uma cópia (xerox) simples – que hoje em dia pode ser facilmente editada e fraudada –, mas não aceita a CNH Digital, documento devidamente amparado por uma legislação federal e com validade verificável (acompanha um QR Code).

Eu respondi que enviaria (exportaria) o arquivo PDF da minha CNH digital ao e-mail ou WhatsApp da drogaria, que apenas precisaria então imprimir o documento ou anexar o arquivo digitalizado no sistema do Farmácia Popular. Mas, não teve acordo.

Na minha opinião, a situação mostra a total falta de treinamento do pessoal do estabelecimento, primeiramente quanto ao próprio programa do governo, pois na página do Ministério da Saúde é mencionado apenas um "documento oficial com foto". Não é estipulado que seja "impresso".

No fim, fiquei decepcionado, pois estamos tratando de um programa muito importante do governo e no meu caso de um medicamento que garante minha vida com saúde. A falta de conhecimento se resolve com a busca por informação, não pela rejeição do desconhecido".