Ganhadeiras de Itapuã fazem jus ao nome com vitória da Viradouro no Carnaval do Rio

Ganhadeiras de Itapuã fazem jus ao nome com vitória da Viradouro no Carnaval do Rio

Enredo e triunfo da escola de Niterói projetam história de coletivo baiano que expõe força da mulher na música e na sociedade do Brasil. As Ganhadeiras de Itapuã são da Bahia, mas fizeram jus ao nome no Carnaval do Rio de Janeiro em 2020.

Com o enredo De alma lavada, idealizado para louvar a história de grupo de mulheres guerreiras, a escola niteroiense Unidos do Viradouro se sagrou campeã do Carnaval do Rio de Janeiro em 2020 em disputada apuração, encerrada no fim da tarde desta quarta-feira de cinzas, 26 de fevereiro.

Assinado pelos carnavalescos Marcus Ferreira e Tarcísio Zanon, o enredo deu projeção nacional à cultura de grupo de cantadeiras e trabalhadoras que, ao preservar tradições do samba de roda na labuta diária, expôs desde sempre a força da mulher negra na sociedade e na música do Brasil.

A história vitoriosa dessas mulheres inspirou grupo musical criado em março de 2004 com a intenção de preservar a memória cultural e musical de Itapuã, bairro de Salvador (BA).

Carregado de simbologia femininista, o grupo Ganhadeiras de Itapuã tem nome alusivo às mulheres do fim do século XIX e início do século XX que ganhavam a vida lavando roupas e vendendo comidas.

Atuante e reconhecido como patrimônio cultural da Bahia, o grupo musical celebrou 15 anos de vida em 2019 com o primeiro registro audiovisual de show das Ganhadeiras de Itapuã.

É um coletivo de mulheres vitoriosas que, como enredo da Unidos da Viradouro, fizeram a agremiação de Niterói (RJ) ganhar o título de campeã do Carnaval do Rio de Janeiro em 2020.