Alibaba bate recorde de vendas no 'Dia do Solteiro', apesar da pressão do governo chinês

Alibaba bate recorde de vendas no 'Dia do Solteiro', apesar da pressão do governo chinês
Preocupadas com o crescente poder e o domínio do mercado das grandes empresas de tecnologia, as autoridades chinesas endureceram a regulação do setor. O gigante do comércio digital Alibaba bateu um recorde de vendas durante o "Dia dos Solteiros", a maior data anual de compras na China, apesar de uma tímida campanha promocional, devido à pressão do governo sobre as empresas de tecnologia.

Na mira das autoridades chinesas em sua campanha contra os gigantes locais da Internet, a empresa do magnata Jack Ma anunciou vendas de 540,3 bilhões de iuanes (US$ 84,5 bilhões) durante este evento similar à "Black Friday" dos Estados Unidos.

Junto com seu grande concorrente na indústria do comércio pela Internet, chegaram a 889 bilhões de iuanes (US$ 139,4 bilhões), uma cifra que supera o Produto Interno Bruto (PIB) de países como Porto Rico, Cuba, ou Equador.

Este valor representou um recorde de vendas e um aumento de aproximadamente 20% em relação ao ano anterior, apesar de uma campanha prévia de baixo perfil, diante da pressão do governo contra o consumismo e as promoções agressivas.

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O Dia dos Solteiros começou há mais de uma década como um evento de 24 horas. No entanto, o Alibaba e seus concorrentes expandiram-no com promoções de 1º a 11 de novembro, e alguns vendedores e plataformas começam a oferecer descontos e ofertas especiais em outubro.

As plataformas digitais registraram fortes vendas de itens como eletrodomésticos, eletrônicos, produtos para animais de estimação, ou cosméticos.

A data supera a "Black Friday" americana e se tornou um termômetro do sentimento do consumidor na segunda maior economia do mundo.

Preocupadas com o crescente poder e o domínio do mercado das grandes empresas de tecnologia, as autoridades chinesas endureceram a regulação do setor.

No comércio eletrônico, o governo tem tentado controlar o uso de dados dos usuários e acabar com práticas monopolistas, como o veto que algumas plataformas fazem de produtos da concorrência.

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