Dia de Finados celebrado em cemitério e paróquias

"Comemoração de todos os fiéis defuntos"

Dia de Finados celebrado em cemitério e paróquias

Terça-feira 02 de novembro, a Igreja Católica celebra em todo o mundo, o dia de Finados. Na cidade de Porto Ferreira as missas foram celebradas, às 7 horas e 30 minutos no Cemitério Cristo Rei, pelo Padre Eduardo Milaré, e às 8 horas na Paróquia Nossa Senhora Aparecida, Padre Ricardo e Santuário de São Sebastião, padre Amarildo.

"Comemoração de todos os fiéis defuntos". A data está na tradição católica desde o final do primeiro século como ocasião para lembrar daqueles que partiram desta vida e também para celebrar a vida em Cristo na certeza da ressurreição. Nesse período de recordação, a Igreja oferece a possibilidade de alcançar indulgências em favor dos fiéis falecidos.

Padre Eduardo em sua homilia, na missa celebrada no cemitério Cristo Rei, falou sobre o retorno à esperança, a não temer a morte e acreditar em Jesus, vencedor da morte e da dor. Apesar do aperto no coração, trazido pela saudade, é preciso entender que o sofrimento deve ser acolhido, mas, no desejo de seguir adiante, pois faz parte da condição humana. Pároco e administrador Paroquial da Paróquia Nossa Senhora da Assunção e Paróquia Nossa Senhora da Rosa Mística, Padre Eduardo, também recordou que desde o início do ano 2020, no mundo inteiro, milhões de pessoas morreram em razão da pandemia da COVID-19 e ainda fez menção à grande tragédia de Mariana e Brumadinho, onde famílias inteiras foram dizimadas e familiares não conseguiram velar seus entes queridos.

"O respeito aos mortos se estende na solidariedade com os enlutados. Não podemos esquecer seus nomes, suas histórias, seus feitos. Fazer memória dos mortos pela visita aos cemitérios ou pela oração em casas ou igrejas é reconhecer que há inúmeros corações feridos pela morte das pessoas amadas. " Afirmou Padre Eduardo

Oração pelos falecidos e indulgências

O Dia de Finados é, portanto, "um dia de oração que vivemos na saudade em lembrar daqueles que passaram aqui pela terra e agora se encontram na eternidade". Nesta data a Igreja motiva que os fiéis repitam a proposta que deu origem à celebração, como ir ao cemitério, participar da missa e rezar pelos que já partiram.

Antes da benção final, Padre Eduardo esclareceu a centenas de fiéis sobre as indulgências concedidas:

Aos que visitarem o cemitério e rezarem, mesmo só mentalmente, pelos defuntos, concede-se uma Indulgência Plenária, só aplicável aos defuntos: diariamente, do dia 1º ao dia 8º de novembro nas condições de costume, isto é: confissão sacramental, comunhão eucarística e oração nas intenções do Sumo Pontífice, nos restantes dias do ano. Indulgência Parcial.

Ainda neste dia, em todas as igrejas, oratórios públicos ou semi-públicos, igualmente lucra-se uma Indulgência Plenária, só aplicável aos defuntos: a obra que se prescreve é a piedosa visitação à igreja, durante a qual se deve rezar a Oração dominical e o Símbolo (Pai nosso e Creio), confissão sacramental, comunhão eucarística e oração na intenção do Sumo Pontífice (que pode ser um Pai Nosso e Ave Maria, ou qualquer outra oração conforme inspirar a piedade e devoção).

Também afirmou o padre que a igreja se subdivide em três grandes grupos: Terrestre, Celeste e Padecente. A Igreja Terrestre somos nós, a Igreja padecente são todos os que morreram e aguardam a graça da santificação. Já a Igreja Celeste são todos os que se encontram em estado de graça, possuem o Céu.

Como cristãos devemos dar testemunho da nossa fé no Ressuscitado no mundo e da nossa esperança no Senhor da vida.

A Santa Sé sustenta para este ano que "a Indulgência Plenária para aqueles que visitam um cemitério e rezam pelos defuntos, ainda que apenas mentalmente, de norma estabelecida apenas de 1° a 8 de novembro, pode ser transferida para outros dias do mesmo mês até seu término.