Morre Luis Gustavo, o Beto Rockfeller e Vavá do Sai de Baixo

O Brasil perde outro grande monumento do teatro e da televisão de todos os tempos

Morre Luis Gustavo, o Beto Rockfeller e Vavá do Sai de Baixo
O ator Luis Gustavo morreu neste domingo, dia 19, em decorrência de um câncer, aos 87 anos.
Filho do diplomata, professor e escritor espanhol Luiz Amador Sanchez com a atriz Helena Blanco, Luis Gustavo, ou Tatá para amigos, nasceu em 1934 em Gottenburgo, cidade sueca onde seu pai foi cônsul da Espanha.
Antes de completar cinco anos, com a transferência do pai ao Brasil, mudou-se para o Rio de Janeiro e logo para São Paulo, onde se naturalizou brasileiro.
Quem o levou para a televisão foi o ator e diretor Cassiano Gabus Mendes, que se casou com sua irmã, Helenita.
Ainda jovem, Luis Gustavo iniciou sua carreira atrás das câmeras, como assistente de contrarregra, caboman e depois como cameraman. Até que pintou a oportunidade de trabalhar em frente às câmeras.
O ator casou-se três vezes, com Heloísa, com quem teve um filho, com a atriz Mila Moreira e com a atriz Desirée Vignolli, com quem teve o segundo filho.
Ele era irmão de Helenita Sánchez Blanco, viúva de Cassiano Gabus Mendes, e tio dos atores Tato e Cássio Gabus Mendes.
LUIZ GUSTAVO EM PIRASSUNUNGA
O ator Luiz Gustavo esteve várias vezes em Pirassununga, no palco com o espetáculo "Eu Sou Beto Rockfeller", ou tirando alguns dias de descanso no lugar onde ele mais gostava.
Era amigo da família Brandt. Quando vinha a Pirassununga ficava na Estância Muriçóca, de Calí Brandt e Dona Maricota.
Seu cunhado, Cassiano Gabus Mendes, um dos pioneiros da televisão brasileira e pai dos atores Cássio e Tato Gabus Mendes - isolado de tudo e de todos -, ali na Muriçóca, região rural de Pirassununga, escreveu capítulos inteiros das novelas de maior sucesso, entre elas Anjo Mau, Locomotivas e Meu Bem, Meu Mal.
Quando fazia Beto Rockfeller, Luiz Gustavo foi o primeiro ator a fazer "merchandising" na história da telenovela brasileira, quando essa prática hoje tão usual nem sonhava existir. E ao vivo. Não existia videotape naquela epoca.
Nas entrevistas que fiz com ele na Rádio Difusora de Pirassununga, contava, empolgado, detalhes sobre as ciscunstâncias como aquilo se deu. Tinha que ser Luiz Gustavo o protagonista, mais ninguém.
O Brasil perde outro grande monumento do teatro e da televisão de todos os tempos.