Mensagens denunciadas no WhatsApp são revisadas por mais de 1.000 moderadores, diz site

Mensagens denunciadas no WhatsApp são revisadas por mais de 1.000 moderadores, diz site
Funcionários podem analisar suspeitas de violação das regras do aplicativo. Devido a criptografia de ponta a ponta, conteúdo precisa ser compartilhado por uma das pessoas da conversa. WhatsApp

REUTERS/Thomas White

O WhatsApp conta com mais de 1.000 funcionários terceirizados para analisar denúncias enviadas por usuários, segundo reportagem publicada na última terça-feira (7) pelo site "ProPublica".

A apuração apontou que o Facebook, proprietário do aplicativo de mensagens, tem equipes em Austin (Estados Unidos), Dublin (Irlanda) e Singapura para revisar mensagens de texto, imagens e vídeos que podem violar suas regras.

Segundo fontes ouvidas pela ProPublica, cada funcionário analisa cerca de 600 denúncias por dia, o que dá menos de um minuto, em média, para cada uma delas ser verificada.

As análises envolvem denúncias por motivos como fraude, spam, pornografia infantil e conspiração terrorista no WhatsApp.

Devido à criptografia de ponta a ponta do aplicativo, os moderadores só podem analisar mensagens compartilhadas pelos usuários por meio da opção "denunciar", disponível nas conversas.

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A reportagem apontou que os moderadores do WhatsApp analisam casos "reativos", iniciados pelos usuários, e "proativos", reunidos pela inteligência artificial do aplicativo.

Nos casos "reativos", após usuários denunciarem um contato, os moderadores acessam a mensagem que supostamente violou as regras e as quatro mensagens anteriores, incluindo imagens e vídeos.

Já em casos "proativos", o serviço busca por padrões suspeitos, como o envio de muitas mensagens em uma nova conta. A ferramenta verifica outros dados que não são criptografados, como nomes e fotos de grupos, números de telefone, fotos de perfil, histórico de violações da conta, entre outros. Neste caso, o serviço não acessa o conteúdo das mensagens.

Ao revisarem uma denúncia, os moderadores escolhem entre três opções: não fazer nada, manter usuário sob análise ou banir a conta.

Ainda de acordo com a ProPublica, o WhatsApp afirmou que os funcionários não são moderadores de conteúdo porque não interferem no teor da conversa. Para a plataforma, o modelo é diferente em relação ao que é adotado no Instagram e no Facebook, onde a moderação pode tirar publicações do ar.

Procurado pelo G1, o WhatsApp afirmou que fornece uma forma de usuários denunciarem spam ou abuso na plataforma, o que inclui o compartilhamento de algumas mensagens de uma conversa.

"Essa funcionalidade é importante para prevenir os piores abusos na internet. O WhatsApp discorda fortemente da ideia de que aceitar denúncias que os usuários escolhem enviar para o aplicativo é incompatível com criptografia de ponta a ponta", afirmou, em nota, o serviço.

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