'Big techs' prometem investimento bilionário em segurança digital após reunião com Biden
Google, Microsoft, Apple, Amazon e IBM se comprometeram com ações voltadas para cibersegurança. Presidente dos Estados Unidos disse que o 'governo não poderia enfrentar esse desafio sozinho'. Presidente dos Estados Unidos Joe Biden fala durante uma reunião sobre cibersegurança em 25 de agosto de 2021, em WashingtonAP Photo/Evan VucciAlgumas das principais empresas de tecnologia dos Estados Unidos se comprometeram a investir bilhões de dólares em segurança digital e treinamento de trabalhadores após uma reunião entre seus executivos e o presidente Joe Biden na última quarta-feira (25).O encontro aconteceu em meio a uma escalada de ataques cibernéticos sofridas por companhias e entidades governamentais nos EUA. A reunião incluiu quatro presidentes-executivos de gigantes de tecnologia: Sundar Pichai (Google), Tim Cook (Apple), Andy Jassy (Amazon), Satya Nadella (Microsoft) e Arvind Krishna (IBM).Após a reunião, o Google anunciou que se comprometeu a investir US$ 10 bilhões em segurança cibernética nos próximos cinco anos. Os valores serão destinados para o treinamento de cidadãos, projetos abertos de segurança, entre outros.A Microsoft disse que investiria US$ 20 bilhões em cibersegurança nos próximos cinco anos e disponibilizaria US$ 150 milhões em serviços técnicos para ajudar os governos locais a atualizar seus sistemas de segurança e o treinamento de pessoal.A IBM planeja treinar 150 mil pessoas durante três anos, enquanto a Apple disse que desenvolveria um novo programa para ajudar a fortalecer a cibersegurança na cadeia de fornecimento de tecnologia. Já a Amazon disse que ofereceria ao público o mesmo treinamento de conscientização de segurança que dá aos seus funcionários.Além das "big techs", a Casa Branca recebeu executivos de grupos empresariais, bancos, seguradoras, organizações ligadas à educação e prestadoras de serviços essenciais, como água, gás e energia elétrica.Tim Cook, presidente-executivo da AppleReuters/Leah MillisNos últimos meses, várias empresas sofreram ataques que levaram à paralisação momentânea de suas operações. Algumas delas relataram ter sido vítimas de ransomware, um tipo de vírus que impede o acesso às informações em um sistema e exige o pagamento de uma espécie de resgate.Ransomware: entenda como o vírus é usado em extorsões e saiba como se protegerEntre elas, está a Colonial Pipeline, uma operadora americana de oleodutos, e a JBS, maior empresa de processamento de carnes do mundo.No fim de 2020, os Estados Unidos sofreram um grande ataque, que afetou os servidores de correio eletrônico da Microsoft e o programa Orion, da empresa SolarWinds. Este último é usado para administrar e monitorar as redes de computadores de grandes empresas e do governo.Para o governo, este ataque expôs a relevância da segurança de 16 "infraestruturas-chave" de setores como energia, defesa, produção industrial e alimentação.Alguns analistas pediram sanções firmes contra a Rússia e outros países, de onde estes hackers estariam operando. Outros especialistas defendem uma melhor regulação das criptomoedas, exigidas pelos hackers como resgate para restabelecer os serviços atacados.Na reunião, Biden apontou para o encontro que teve com o presidente russo Vladimir Putin em junho, quando disse que esperava que a Rússia tomasse medidas para controlar os grupos de ransomware.VÍDEO: Ransomware - entenda como vírus é usado em extorsões