União Europeia quer limitar reconhecimento facial em novas regras de tecnologia
A União Europeia anunciou dois documentos para seguir na busca pela chamada "soberania tecnológica" do bloco econômico. A região quer tentar se levantar contra o desenvolvimento de gigantes comerciais como têm Ásia (com a China e Coreia do Sul) e América (com os Estados Unidos). Novas propostas se baseiam em limitações de uso de inteligência artificial e reconhecimento facial, além de um mercado único de dados.
"Isso descreve a capacidade que a Europa deve ter para fazer suas próprias escolhas, com base em seus próprios valores, respeitando suas próprias regras", apresentou a presidente da União Europeia, Ursula von der Leyen.
O primeiro documento é relativo a uso de dados. O bloco quer criar um mercado único para isso, "no qual dados pessoais e não-pessoais, incluindo sensíveis e confidenciais, estejam seguros. E negócios e o setor público tenham acesso fácil a grandes quantidades de informações", conta a presidente.
-
Baixe nosso aplicativo para iOS e Android e acompanhe em seu smartphone as principais notícias de tecnologia em tempo real.
-
Com isso, a região quer democratizar o acesso a dados para que empresas diversas possam ter a mesma capacidade de avanço, independente de se tratar de órgão público ou privado e do tamanho que possui.
O documento também permite que empresas sejam livres para decidir como e para quem darão acesso a dados não-pessoais que possuem. Apesar disso, também haverá um padrão mínimo a ser seguido por todas as companhias participantes do bloco. "Grandes players comerciais devem aceitar sua responsabilidade, inclusive deixando europeus acessarem os dados que eles coletam", explica Leyen.
Já o outro documento apresentado versa sobre inteligência artificial. O bloco quer garantir que tecnologias do setor sejam desenvolvidas com base em respeito a leis e direitos fundamentais.
Uma das críticas apresentadas pela União Europeia, por exemplo, são a algoritmos que levam a sugestões discriminadas e injustas em mecanismos de busca. Na nova regulamentação, caso isso aconteça, ele terá de ser recriado para que possa chegar ao mercado da região.
O documento também restringe o uso de reconhecimento facial. No entendimento da União Europeia, a tecnologia se apresenta como um risco para direitos individuais. Assim, só poderá ser usada em casos específicos que ainda serão ainda escolhidos em debate público.
"O objetivo não é mais regulação, mas salvaguardas práticas, responsabilização e a possibilidade de intervenção humana em caso de perigo ou disputa", completou a presidente.
As novas diretrizes ainda estão em debate e devem ser trazidas ao parlamento europeu em breve.
Leia a matéria no Canaltech.
Trending no Canaltech:
- A que distância fica a fronteira do universo — se é que ela existe?
- Veja novas fotos da Terra tiradas do espaço pela vela solar LightSail 2
- PECHINCHA | Seleção de Smart TVs a partir de R$ 589 em até 10x e frete grátis
- NASA pousará na Lua "por qualquer meio necessário", diz vice-presidente dos EUA
- SUPER DESCONTO | Redmi Note 8 Pro, Mi 9 Lite, 9T e 9T Pro a partir de R$ 1.416