Presidente-executivo do Twitter defende decisão de banir Trump mas afirma que abre 'precedente perigoso'

Presidente-executivo do Twitter defende decisão de banir Trump mas afirma que abre 'precedente perigoso'
Chefe da rede social publicou uma série de posts para justificar restrições à conta do presidente dos Estados Unidos. Jack Dorsey, presidente e fundador do Twitter.

Toby Melville/Reuters

O presidente-executivo do Twitter, Jack Dorsey, usou a própria rede social na última quarta-feira (13) para defender a decisão de bloquear permanentemente a conta do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, da plataforma.

Dorsey disse que "não celebra ou sente orgulho" de banir Trump do Twitter, mas que acredita que essa foi "a decisão correta".

A suspensão da conta do republicano aconteceu na última sexta-feira (8), sob alegações de que seus posts recentes incitavam a violência, dois dias depois de apoiadores do presidente dos Estados Unidos invadirem o Congresso, em ato que resultou em 5 mortes.

A página pessoal de Trump no Twitter tinha quase 89 milhões de seguidores e era o principal meio de comunicação dele com o público.

O executivo disse ainda que a decisão abriu "um precedente que acha perigoso", citando o poder que um indivíduo ou corporação pode ter sobre a conversa pública ao redor do mundo.

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Segundo ele, se as pessoas não concordassem com as regras do Twitter, poderiam procurar outro serviço na internet, mas que esse conceito foi desafiado na última semana, citando a decisão de provedores de internet se recusarem a hospedar a rede social Parler, utilizada por apoiadores do presidente americano Donald Trump.

Em sua sequência de tuítes, Dorsey afirmou que uma alternativa descentralizada seria a melhor opção para uma "internet livre e aberta", e citou o Bitcoin como modelo.

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Suspensão em outras redes

Na quinta-feira passada (7), o Facebook e Instagram também bloquearam a conta de Trump por tempo indeterminado.

O tempo mínimo em que Trump ficará impedido de postar nessas redes será de duas semanas – data que coincide com a posse do presidente eleito Joe Biden, marcada para o próximo dia 20 de janeiro.

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Na última quarta (13), o YouTube, serviço de vídeos do Google, suspendeu o canal do republicano por violar política de incitação à violência. Ele ficou impedido de enviar novos vídeos e fazer transmissões ao vivo na plataforma por pelo menos 7 dias.

A suspensão ocorreu após comentários que Trump fez em uma entrevista coletiva, que foi transmitida na plataforma na manhã de terça (12).

Outras plataformas como Snapchat e Twitch desabilitaram a conta de Trump.

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