Regina Duarte confirma convite para secretaria e diz não se sentir

"Eu não me sinto preparada, porque acho que a gestão pública é algo complicado, uma pasta como a da Cultura, muito mais."

Regina Duarte confirma convite para secretaria e diz não se sentir

A atriz Regina Duarte confirmou na noite de hoje que recebeu o convite do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) para assumir o comando da Secretaria da Cultura, após a exoneração de Roberto Alvim, mas admitiu ainda não estar preparada para o cargo.

"O presidente me ligou. Eu fiquei muito surpresa, porque ainda estava digerindo todas as coisas que causaram o afastamento dele [Roberto Alvim]. Eu falei para o presidente 'Desculpa, presidente, mas não estou preparada para isso'. E ele disse: 'Então se prepare, porque eu quero você'", relatou a veterana de 72 anos, com inúmeras novelas no currículo, em entrevista ao programa "Os Pingos nos Is", da rádio Jovem Pan.

Segundo a atriz, o presidente insistiu no convite. "Este é um país imenso e continental, tem muitos artistas, grupos, criações, vamos querer abraçar tudo. Então, eu fico muito preocupada de não estar preparada."

"Eu não me sinto preparada, porque acho que a gestão pública é algo complicado, uma pasta como a da Cultura, muito mais. Este é um país imenso e continental, tem muitos artistas, grupos, criações, vamos querer abraçar tudo. Então, eu fico muito preocupada de não estar preparada", admitiu ela.

Regina Duarte prometeu responder ao convite de Bolsonaro até a próxima segunda-feira.

"Estou aí pensando, não quero dizer nada, responder nada. Falei com dois filhos meus e eles ficaram surpresos, um tanto assustados, com o convite. Tenho que pensar em coisas que não imaginava estar pensando agora", completou.

Regina foi convidada após demissão de Alvim. O então secretário especial de Cultura, Roberto Alvim, foi demitido pelo presidente Jair Bolsonaro depois de publicar vídeo que causou revolta nas redes sociais.

No vídeo, com o retrato de Bolsonaro ao fundo, Alvim imita a aparência e o tom de voz de Joseph Goebbels, ministro da propaganda da Alemanha nazista de Hitler. Outra referência ao nazismo é a música de fundo, a ópera Lohengrin, de Richard Wagner, obra que Hitler contou em sua autobiografia ter sido decisiva em sua vida.

Ele culpou sua assessoria pelo discurso que faz menção a Joseph Goebbels e afirmou que o episódio foi uma "infeliz coincidência retórica" resultante de uma pesquisa no Google. No fim da manhã, Alvim foi exonerado.