Agora sou gospel: Whindersson Nunes, Luciano Camargo e outros investem em louvores

Agora sou gospel: Whindersson Nunes, Luciano Camargo e outros investem em louvores
Sertanejo se juntou ao time de artistas que dedicam projetos paralelos às canções religiosas. Além deles, mais artistas incluíram louvores em lives durante pandemia. Luciano Camargo estreia projeto gospel

Whindersson Nunes e Luciano Camargo têm um ponto em comum: em paralelo à suas carreiras, eles decidiram também investir em canções religiosas.

Luciano é o novato no mercado. Mas a vontade de se dedicar a louvores vem de anos atrás, quando ouviu o pedido da mãe para uma gravação nessa linha.

"A primeira vez que a sementinha desse projeto foi colocada em mim, foi através da minha mãe há 20 anos. O tempo foi passando e essa vontade em mim foi crescendo", conta o sertanejo, que acaba de lançar a música "Tempo". A faixa integra um álbum com 15 faixas, que serão lançadas quinzenalmente e foram gravadas durante a pandemia.

Do rap ao louvor

No ano passado, Kanye West entrava nesse mercado e deixava para trás suas letras polêmicas. Em outubro de 2019, o rapper lançou o álbum "Jesus is king". O projeto já rendeu prêmios ao cantor.

No Billboard Music Awards 2020, ele saiu vencedor de quatro categorias: Melhor artista gospel, Melhor álbum de música cristã, Melhor álbum gospel e Melhor Música Gospel.

Diferentemente de Luciano, que garantiu que não abandonará seu projeto sertanejo com Zezé Di Camargo para se dedicar ao gospel, Kanye está determinado em deixar para trás seu antigo repertório. Segundo o site TMZ, fontes próximas ao artista disseram que ele "não cantará nunca mais suas músicas antigas nos formatos originais".

Processo de cura

Whindersson Nunes durante gravação do clipe de 'Paraíso', parceria com o cantor Luan, nos Lençóis Maranhenses

Reprodução/Instagram

Também em 2019, Whindersson Nunes compôs "Girassol". A faixa fala de um processo de cura interior e foi escrita pelo artista enquanto ela lidava com a dor da perda de um amigo, o cantor Gabriel Diniz, que morreu em um acidente de avião, aos 28 anos, em maio daquele ano.

Além de apresentar a faixa na rede social no esquema voz e violão, Whindersson gravou a canção ao lado de Priscilla Alcantara. A cantora ainda fez uma nova versão da gravação, desta vez, sem o humorista.

Pouco antes da composição, o humorista havia revelado aos seguidores que tratava uma depressão. Ligado à religião desde pequeno, costuma dizer que a doença o fez questionar sua fé.

A música foi a maneira que encontrou para se reaproximar de Deus. "A igreja me influenciou 100%", afirmou em entrevista ao G1. "Gosto do que eu falo nas músicas e o modo como eu falo é para mim mesmo. Mas acaba ajudando muita gente."

Aos fãs mais receosos, Whindersson já mostrou que está no time de Luciano e não vai abandonar a carreira na qual despontou para se dedicar aos hinos de louvor. "Gosto de rir e de cantar, tudo isso sempre anda junto, e eu consigo fazer várias coisas ao mesmo tempo."

Louvor na pandemia

Luan Santana canta em sua primeira live no YouTube

Reprodução/Canal oficial do artista

Em 2020, muitos artistas optaram pela regravação de louvores ou por fazer lives ao som de canções religiosas durante a pandemia de coronavírus.

Anitta, por exemplo, integrou o festival "Ao Vivo Pela Vida". Além de canções religiosas, a transmissão também teve mensagens de líderes de diferentes religiões.

Gusttavo Lima abriu sua segunda live cantando "Maria Passa à Frente". Já Luan Santana convocou o padre Fábio de Melo e os pastores André Valadão e Deive Leonardo para uma de suas transmissões on-line.

Ao G1, ele comentou por que artistas de fora do gospel estão cantando músicas religiosas em suas lives e explicou o motivo do convidado especial naquele momento de isolamento. "Eu quero chamar alguém que passe calma, que passe paz para as pessoas."

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