Rhonda Fleming, uma das pioneiras do cinema em cores, morre aos 97 anos

Rhonda Fleming, uma das pioneiras do cinema em cores, morre aos 97 anos
Informação foi confirmada neste sábado pela assessora pessoal da atriz ao jornal "New York Times"; ela morreu na quarta em um hospital na Califórnia. A atriz Rhonda Fleming posa para foto em Hollywood, imagem feita em 1982

Wally Fong/AP

Rhonda Fleming, uma das pioneiras do cinema em cores, morreu aos 97 anos na Califórnia, Estados Unidos. A informação foi confirmada por sua assistente pessoal, Carla Sapon, ao jornal "New York Times" neste sábado (17).

A estrela de "Quando Fala o Coração" (1945), de Alfred Hitchcock, estava internada no hospital Saint John"s Health Center, na cidade de Santa Monica. Ela morreu na quarta-feira (14), e a causa da morte não foi divulgada.

Fleming foi uma das musas da Era de Ouro de Hollywood, entre os anos 1940 e 1950, e estrelou diversos westerns, noir e filmes de aventura. Foi com a chegada da tecnologia Technicolor, que deu cor às películas, que seus cabelos ruivos – uma marca registrada – foram vistos em todo o mundo.

Rhonda Fleming em performance no hotel New Tropicana em Las Vegas, em 1957

David Smith/AP/Arquivo

"De repente meus olhos eram verdes. Meu cabelo vermelho como o fogo. Minha pele branca como porcelana", disse Fleming em 1990 à Associated Press. "De repente, toda a atenção foi direcionada para minha aparência, e não para a minha atuação."

Aos 50 anos, ela teve uma nova estreia, desta vez em um teatro da Broadway, em Nova York. Acostumada aos estúdios, ela mostrou sua versatilidade em uma montagem de 1973 da comédia "The Woman", peça feita inteiramente com um elenco feminino.

Em foto de 1962, o então candidato republicano ao governo da Califórnia, Richard Nixon, conversa com Rhonda Fleming

AP/Arquivo

Ela nasceu em Hollywood, em 1923. A a caçula da também atriz e modelo Effie Graham foi batizada como Marilyn Louis, mas aos 19 adotou Rhonda Fleming como nome artístico. Durante 15 anos, atuou em mais de 30 filmes.

Em pelo menos quatro longa-metragens, Fleming contracenou com o futuro presidente dos EUA, Ronald Reagan, que também era ator. Em sua carreira ela esteve ao lado de outros ícones da Era de Ouro, como Burt Lancaster, Kirk Douglas e Charlton Heston.

A partir dos anos 1960, ela se aventurou para o mundo da televisão e deixou as salas de projeção de lado por mais de uma década. Seu retorno às telonas foi em 1976 com a comédia "Won Ton Ton, the Dog Who Saved Hollywood", que não chegou a ser distribuído no Brasil.